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Com casos de coronavírus nos EUA em alta, Texas, Arizona e Nevada batem novos recordes

23 jun 2020 - 19h39
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Pela segunda semana consecutiva, os Estados norte-americanos do Texas, Arizona e Nevada estabeleceram recordes em suas epidemias de coronavírus, e 10 outros Estados, da Flórida à Califórnia lidam com altas nos números de infecções. 

United Memorial Medical Center, em Houston, Texas
23/6/2020  REUTERS/Callaghan O'Hare
United Memorial Medical Center, em Houston, Texas 23/6/2020 REUTERS/Callaghan O'Hare
Foto: Reuters

O Texas reportou mais de 5 mil novas infecções na segunda-feira, um número recorde para um mesmo dia. O Estado também viu as hospitalizações por Covid-19 baterem recordes por 11 dias seguidos. 

"Sabemos que a Covid-19 não foi embora. Imploramos que tomem ações responsáveis - pratiquem o distanciamento social responsável, utilizem máscara ou cubram o rosto quando saírem de casa", afirmou o Hospital Infantil do Texas em nota, sem especificar quantos pacientes de coronavírus recebeu. 

Embora parecesse que os Estados Unidos tenham conseguido conter a pandemia por várias semanas em maio, o número de casos totais cresceu 25% na semana passada com 10 Estados reportando uma alta maior do que 50% no número de novos casos, de acordo com uma análise da Reuters. 

A União Europeia está preparada para impedir que norte-americanos possam entrar no bloco, já que os Estados Unidos fracassaram no controle da pandemia de coronavírus, reportou o jornal The New York Times na terça-feira, citando um esboço de propostas possíveis de novas restrições de viagem. 

Os Estados Unidos, que têm cerca de um quarto do número total de casos e mortes por coronavírus no mundo e que vê alta no número de novas infecções estaria na mesma categoria que o ponto crítico número 2, o Brasil, além da Rússia, de acordo com o Times, citando a proposta. 

Em março, enquanto os casos se espalhavam pela Europa, o presidente norte-americano, Donald Trump, proibiu que a maioria dos cidadãos da UE entrasse nos Estados Unidos para conter a propagação do vírus, o que levou à indignação de líderes do continente europeu. 

Arizona e Nevada reportaram aumentos recordes nos números de novos casos na terça-feira, após registrarem suas máximas históricas na semana passada, de acordo com uma contagem da Reuters. Louisiana, que foi um ponto crítico no início da pandemia nos Estados Unidos, reportou mais de 1.300 novos casos na terça - sua maior marca desde o dia 7 de abril. O Estado vizinho do Mississippi registrou também um novo recorde de casos na terça, o maior em duas semanas. 

Embora a maioria dos Estados esteja aumentando o número de testes, a percentagem de resultados positivos também está em alta.

Pelo menos quatro Estados estão apresentando médias de dois dígitos nos números de testes positivos para o vírus: Arizona com 20%, Flórida e Utah ambos com 11% e Texas com 10%. Em contraste, Nova York, anteriormente o epicentro da epidemia nos EUA, tem reportado taxas de 1% nos testes positivos.

A Organização Mundial da Saúde considera taxas de positividades de testes acima de 5% especialmente preocupantes. 

Nesta terça-feira, Trump se ateve à sua afirmação de que a alta nos números de casos nos EUA em vários Estados era reflexo do aumento de testes, e não da propagação da doença.

Anthony Fauci, a principal autoridade norte-americana em doenças infecciosas, afirmou estar vendo uma alta preocupante em diversos Estados, apontando a contaminação comunitária como uma das razões pelas quais as infecções estariam em ascensão.

Muitos destes Estados também estão vendo números recordes de hospitalizações, uma medida não afetada pelo aumento de testes. 

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