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Colômbia investiga quem está por trás de mensagens ameaçando venezuelanos

1 ago 2019 - 20h32
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A Colômbia está investigando o caso de dezenas de placas com mensagens ameaçadoras direcionadas a imigrantes venezuelanos e que apareceram na cidade de Bucaramanga, no norte do país, e que estão identificadas com o nome de uma gangue criminosa, disseram autoridades. 

Pessoas dormem em praça que se tornou abrigo para imigrantes venezuelanos em Bucaramanga, na Colômbia
27/08/2018 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Pessoas dormem em praça que se tornou abrigo para imigrantes venezuelanos em Bucaramanga, na Colômbia 27/08/2018 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Mais de 1,4 milhão de venezuelanos imigraram para a Colômbia nos últimos anos, fugindo da escassez de alimentos e medicamentos e da instabilidade política. 

"Chegou a hora de limpar Bucaramanga. Moradores de rua e ladrões, geralmente venezuelanos, cairão no chão, assim como os que os abrigarem", diziam os cartazes, muitos deles fixados em árvores. 

"Aqueles que possuem funcionários venezuelanos terão 48 horas para substituí-los", diziam os pôsteres, assinados pela gangue Aguilas Negras. 

Os Aguilas Negras são um grupo ligado ao tráfico de drogas e composto principalmente por ex-combatentes paramilitares de extrema-direita. Eles são conhecidos por ameaçarem promover uma limpeza social contra grupos marginalizados em áreas onde costumam atuar. 

Cerca de 38 mil venezuelanos vivem em Bucaramanga, de acordo com dados da agência de imigração colombiana. 

A vice-presidente colombiana Marta Lucía Ramirez disse que o país adotará medidas de segurança para proteger os imigrantes de possíveis ataques xenófobos. 

"Qualquer ameaça às vidas da população venezuelana ou colombiana-venezuelana que veio para a Colômbia é um crime, e haverá consequências judiciais e criminais para os responsáveis pelos panfletos", disse Ramírez a jornalistas. 

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