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Colômbia deve negociar com todos os grupos armados, diz líder dissidente Márquez

30 nov 2021 - 18h57
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O governo da Colômbia deve manter conversações com todos os grupos armados para buscar "uma paz total" para o país andino, disse o líder dissidente Iván Márquez, que é procurado por acusações de tráfico de drogas nos Estados Unidos.

Iván Márquez em Bogotá
 10/4/2018   REUTERS/Jaime Saldarriaga
Iván Márquez em Bogotá 10/4/2018 REUTERS/Jaime Saldarriaga
Foto: Reuters

Márquez é ex-comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ajudou o grupo a negociar o acordo de paz de 2016 com o governo, antes de rejeitar o acordo e pegar em armas novamente como chefe do grupo dissidente Segunda Marquetalia.

"Queremos um governo que aposta na paz total, que reinicie as conversações com o ELN, para que haja um capítulo de diálogo com todas as insurgências e para que fale também com as organizações sucessoras dos paramilitares", disse Márquez em uma entrevista ao canal de televisão local CM& de um local não revelado, referindo-se aos rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN).

O governo da Colômbia criticou os comentários.

"Márquez e seus seguidores são narcoterroristas ... Eles se dedicam a atividades ilícitas, se dedicam ao tráfico de drogas", afirmou o alto comissário para a paz Juan Camilo Restrepo em um vídeo. "Eles são os vitimizadores que perpetram homicídios contra defensores dos direitos humanos, contra signatários (do acordo de paz), contra líderes sociais".

Cerca de 13.000 membros das Farc foram desmobilizados sob o acordo, incluindo cerca de 7.000 combatentes.

Os grupos dissidentes contam com cerca de 2.400 combatentes em suas fileiras, segundo o governo, e são formados por rebeldes que nunca apoiaram o acordo, aqueles que se rearmaram desde que foi assinado ou combatentes que nunca foram guerrilheiros das Farc.

Grupos dissidentes lutam contra gangues do crime e entre si pelo acesso à mineração ilegal e à produção de cocaína.

Os combates se espalharam pela fronteira com a Venezuela, onde o governo da Colômbia afirma que os militares venezuelanos estão lutando pelo controle do narcotráfico, algo que Caracas nega.

Os Estados Unidos estão oferecendo até 10 milhões de dólares por informações que podem levar à captura de Márquez.

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