Clã mafioso será julgado por rede de tráfico com América do Sul
Grupo de 20 pessoas importava drogas da Colômbia e do Brasil
A Justiça italiana marcou para 19 de novembro a audiência preliminar de 20 pessoas acusadas de montar uma rede de tráfico de drogas entre a América do Sul e a Europa.
Todos são ligados ao clã Gallace de Guardavalle, do grupo mafioso 'ndrangheta, e vão responder por associação para o crime com finalidade do tráfico de entorpecentes agravada por método mafioso.
A investigação foi realizada pelo Departamento Distrital Antimáfia (DDA) de Catanzaro e chamada de "Molo 13". Segundo os investigadores, o grupo traficava cocaína, heroína e haxixe principalmente da Colômbia, mas também tinha ligações com criminosos do Brasil.
O DDA acusa quatro dos 20 de terem cargos de alto escalão na organização.
Nicola Chiefari seria o responsável por organizar os pagamentos e a pessoa que recebia as ordens diretamente do chefe do clã, Cosimo Damiano Gallace.
Outro acusado é Agazio Andreacchio, que seria o responsável por distribuir a droga vinda da América do Sul nos pontos de tráfico da Calábria e da Toscana. Já Francesco Galati teria a função do poder de decisão na distribuição em Guardavalle e Giuseppe Vitale era quem fazia os contatos com os possíveis grandes clientes.
Ainda conforme os investigadores, a rede criminosa montada pelo grupo permitia a distribuição da droga sul-americana para várias "praças" da Europa, como Espanha, Países Baixos, Inglaterra e Eslovênia, bem como para a Austrália e a Nova Zelândia. .