China oferece comprar US$ 70 bi em produtos dos EUA
Países negociam para tentar evitar guerra comercial
A China se ofereceu para comprar quase US$ 70 bilhões em produtos agrícolas e energéticos dos Estados Unidos, desde que o governo de Donald Trump renuncie à ameaça de impor sobretaxas à importação de itens do país asiático.
A informação é do diário "The Wall Street Journal", que diz que a oferta foi apresentada por Pequim durante a última rodada de negociações entre os dois países, no fim de semana passado, após Washington ter anunciado US$ 50 bilhões em novas tarifas, que podem entrar em vigor em 15 de junho.
As tensões reacenderam a guerra comercial entre EUA e China, que havia tido uma trégua em 20 de maio, quando os países anunciaram a suspensão de sobretaxas alfandegárias. A oferta chinesa, no entanto, foi recebida com ceticismo na Casa Branca, que está convencida de que não teria um efeito significativo para reduzir o déficit comercial em relação à China, hoje na casa dos US$ 375 bilhões.
"Se os Estados Unidos introduzem tarifas alfandegárias adicionais sobre produtos chineses, todos os resultados econômicos e comerciais alcançados pelas duas partes não seriam aplicados", alertou a agência oficial chinesa "Xinhua".
Em maio, a China se comprometera a "promover relevantes modificações em suas leis e regulamentações" sobre propriedade intelectual e aumentar "significativamente as compras de bens e serviços dos EUA".