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China isola duas cidades por surto de coronavírus

23 jan 2020 - 09h02
(atualizado às 10h38)
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A China isolou nesta quinta-feira duas cidades que estão no epicentro de um surto de um novo coronavírus que matou 17 pessoas e infectou quase 600, enquanto autoridades de saúde de todo o mundo trabalham para evitar uma pandemia global.

Trabalhador lança remédio em frente a estação de trem de Wuhan
03/01/2020
China Daily via REUTERS
Trabalhador lança remédio em frente a estação de trem de Wuhan 03/01/2020 China Daily via REUTERS
Foto: Reuters

As autoridades de saúde temem que a taxa de transmissão se acelere, à medida que centenas de milhões de chineses viajam pelo país e ao o exterior durante o feriado de uma semana do Ano Novo Lunar, que começa no sábado.

Acredita-se que a cepa de vírus anteriormente desconhecida tenha surgido no final do ano passado a partir de animais silvestres comercializados ilegalmente em um mercado de animais na cidade de Wuhan, no centro da China.

A maior parte dos transportes em Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes, foi suspensa na manhã de quinta-feira e as pessoas foram instruídas a não sair. Horas depois, a mídia estatal na vizinha Huanggang, uma cidade de cerca de 6 milhões de pessoas, disse que estava impondo um bloqueio semelhante.

As autoridades chinesas não deram novos detalhes sobre o número de infecções pelo vírus, mas foram relatados casos em Pequim, Xangai e Hong Kong e em outros países, incluindo os Estados Unidos, alimentando o temor de que já esteja se espalhando pelo mundo.

O governo da cidade de Wuhan informou que fecharia todas as redes de transporte urbano e suspenderia os voos a partir das 10h. No entanto, a mídia local disse que algumas companhias aéreas estavam operando após o prazo.

A mídia estatal divulgou imagens de um dos centros de transporte de Wuhan, a estação ferroviária de Hankou, quase deserta, com portões bloqueados ou trancados. O governo está pedindo aos cidadãos que não deixem a cidade.

A mídia estatal informou que as cabines de pedágio em Wuhan estavam fechando, o que efetivamente bloquearia as saídas das estradas. Guardas patrulhavam as principais rodovias, disse um morador à Reuters.

Enquanto a cidade entrava em isolamento, os moradores se aglomeravam nos hospitais para verificações e se apressavam em buscar suprimentos, limpando as prateleiras dos supermercados e fazendo fila para abastecer.

As autoridades de Huanggang ordenaram o fechamento de locais de entretenimento em recinto fechado, incluindo cinemas e cibercafés, e pediram aos cidadãos que não saíssem, a não ser em circunstâncias especiais, informou a mídia estatal.

Autoridades confirmaram 571 casos e 17 mortes até o final de quarta-feira, informou a Comissão Nacional de Saúde da China. Mais cedo, o órgão disse que outros 393 casos suspeitos foram relatados.

Dos oito casos conhecidos em todo o mundo, a Tailândia confirmou quatro, enquanto Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Estados Unidos registraram um cada.

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