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Mundo

China defende ações em Hong Kong e Taiwan e alfineta EUA

Ministro ainda chamou de ridículas acusações de genocídio uigur

7 mar 2021 - 13h11
(atualizado às 13h26)
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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, defendeu neste domingo (7) as ações de Pequim nos territórios de Hong Kong e Taiwan e chamou de "ridiculamente absurdas" as acusações de que o governo cometa um genocídio contra a minoria uigur em Xinjiang.

Wang Yi deu uma coletiva de imprensa e falou sobre diversos temas relevantes
Wang Yi deu uma coletiva de imprensa e falou sobre diversos temas relevantes
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo Wang, a revisão da lei eleitoral de Hong Kong tem como objetivo "manter a estabilidade" e também "reforçar o modelo de 'um país, dois sistemas".

"Eles são uma parte da China e não é possível não serem patrióticos", disse o ministro justificando o juramento de lealdade a Pequim na hora da posse dos novos eleitos. A ação é vista na comunidade internacional como uma forma de sufocar a oposição pró-democracia no território.

Sobre Taiwan, Wang ressaltou que a unificação entre o território e a China "é uma tendência histórica" e que Pequim está atenta e tem capacidade de responder "qualquer tentativa separatista".

Sobre as acusações de um "genocídio" da minoria uigur, que voltou à tona nestas semanas por conta de novas revelações da imprensa britânica, o ministro disse que tudo não passa de uma "mentira completa" e que países ocidentais estão acreditando nisso por "escolha".

"Quando se fala em genocídio, a maior parte das pessoas pensa nos nativos norte-americanos no século 17, nos escravos africanos do século 19, nos judeus do século 20 e nos indígenas australianos que ainda estão em luta", alfinetou citando alguns dos países que fazem as mais duras acusações contra Pequim - Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Austrália.

Seguindo ainda nas indiretas, ao ser questionado sobre a relação com Washington, Wang afirmou que há uma "diferença e desacordo" porque ambos possuem sistemas sociais diferentes.

"Agora é preciso gerir isso de maneira eficaz através de uma comunicação direta para evitar erros de cálculo estratégico e evitar conflitos e combates. É interesse dos dois países e de todo o mundo que a cooperação seja o objetivo principal.

Desejamos que os Estados Unidos sigam nessa direção e removam as injustificáveis restrições o quanto antes sem criar novos obstáculos", acrescentou.

Wang também cobrou que Washington retire as sanções contra o Irã sobre as questões do acordo nuclear, mas cobrou "responsabilidade" de Teerã, que vem enriquecendo urânio acima do permitido como "resposta" aos EUA. .

Ansa - Brasil   
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