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Chefs travam 'guerra' por restaurante da Torre Eiffel

Alain Ducasse não quer perder controle do Jules Verne

13 jul 2018 - 16h39
(atualizado às 18h00)
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Três dos chefs mais estrelados da França prometem deflagrar uma batalha jurídica pelo direito de ficar com o "Jules Verne", o prestigioso restaurante do segundo andar da Torre Eiffel, em Paris.

Restaurantes da Torre Eiffel, em Paris, terão nova direção
Restaurantes da Torre Eiffel, em Paris, terão nova direção
Foto: EPA / Ansa - Brasil

De um lado, está o monegasco Alain Ducasse, o mais premiado cozinheiro do país e que comanda os fogões do Jules Verne há 10 anos; do outro, a dupla Thierry Marx e Frédéric Anton, escolhidos para assumir o restaurante por uma década a partir de 1º de setembro.

Os novos chefs foram escolhidos por meio de uma licitação feita pelo grupo Sete (Sociedade de Exploração da Torre Eiffel), que administra o monumento, mas Ducasse diz que o processo está "viciado" e, segundo o jornal Le Parisien, acionará a Prefeitura para anular o resultado da disputa.

Além do Jules Verne, o monegasco terá de abandonar o "58", que fica no primeiro andar da torre e é mais acessível que o irmão do plano superior. O argumento de Ducasse é que a licitação foi gerida pela empresa Nova Consulting, que, no passado, prestara consultoria estratégica à Sodexo, companhia de Marx e Anton.

"O processo foi totalmente privado de imparcialidade, uma vez que as pontuações atribuídas foram sistematicamente favoráveis ao concorrente", diz a defesa do monegasco. Além disso, os advogados alegam que Ducasse havia proposto pagar 15,2 milhões de euros à Sete, enquanto a oferta da dupla vencedora é de 14 milhões.

A decisão de anular ou não a licitação caberá à Prefeitura de Paris, que tem um mês para se posicionar. Ainda assim, o caso pode parar nos tribunais. A Sete se limitou a dizer que o procedimento para conceder a gestão dos restaurantes ainda está em curso e que a Nova Consulting também prestou serviços à empresa de Ducasse.

Ansa - Brasil   
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