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Chefe da Human Rights Watch é barrado em Hong Kong antes de publicação de relatório

13 jan 2020 - 09h26
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O chefe mundial da Human Rights Watch disse que foi proibido de entrar no domingo em Hong Kong, onde iria divulgar o relatório global mais recente da organização nesta semana.

Manifestantes antigoverno protestam em Hong Kong
12/01/2020
REUTERS/Navesh Chitrakar
Manifestantes antigoverno protestam em Hong Kong 12/01/2020 REUTERS/Navesh Chitrakar
Foto: Reuters

O diretor-executivo Kenneth Roth disse que foi barrado no aeroporto de Hong Kong pela primeira vez, tendo ingressado no país livremente no passado.

Durante sete meses de protestos antigoverno às vezes violentos, a cidade sob controle chinês barrou vários ativistas, jornalistas estrangeiros e um acadêmico.

"Neste ano (o novo relatório mundial) descreve como o governo chinês está minando o sistema internacional de direitos humanos. Mas as autoridades acabaram de impedir minha entrada em Hong Kong, ilustrando o agravamento do problema", disse Roth em sua conta de Twitter.

Ele acrescentou que as autoridades imigratórias de Hong Kong alegaram somente "razões imigratórias".

Falando em um briefing diário à imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que a Human Rights Watch incentivou radicais de Hong Kong "a adotarem ações violentas e extremistas".

"Eles instigaram as atividades de separatistas de Hong Kong e têm grande responsabilidade pelo caos atual", disse Geng.

Respondendo a perguntas da Reuters, o porta-voz do Departamento de Imigração de Hong Kong disse que não comenta casos individuais.

"Ao lidar com cada caso de imigração, (o departamento) analisará, de acordo com as leis e políticas imigratórias, todos os fatores e circunstâncias relevantes do caso antes de decidir se a entrada deve ser permitida ou não", disse o porta-voz.

Sediada em Nova York, a Human Rights Watch deveria divulgar seu Relatório Mundial de 2020 de 652 páginas no Clube de Correspondentes de Hong Kong no dia 15 de janeiro.

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