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Mundo

Chefe da CIA teve reunião secreta com líder talibã, diz jornal

Encontro teria ocorrido para debater prazo de retirada de tropas

24 ago 2021 - 10h29
(atualizado às 10h38)
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O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), William Burns, se reuniu em segredo com um dos líderes do Talibã, Abdul Ghani Baradar, em Cabul, informou o jornal "The Washington Post" nesta terça-feira (24).

William Burns teria se reunido em segredo com um dos principais líderes do Talibã em Cabul
William Burns teria se reunido em segredo com um dos principais líderes do Talibã em Cabul
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O encontro teria acontecido nesta segunda-feira (23) e é considerado o de mais alto nível desde que o grupo fundamentalista reassumiu o poder no país. Isso porque Burns é visto como um dos mais experientes diplomatas do governo de Joe Biden e Baradar foi um dos negociantes do acordo firmado durante o governo de Donald Trump - ele saiu da prisão a pedido do republicano em 2018.

O "WP" disse que a CIA não informou o conteúdo da reunião, mas fontes ouvidas pelo jornal informaram que o assunto girou em torno de um aumento no prazo para a retirada dos civis afegãos e das tropas norte-americanas do território, que se encerra em 31 de agosto.

Publicamente, o grupo extremista afirmou que não haverá nenhuma mudança na data e Washington também informa que a saída ocorrerá no prazo previsto. No entanto, mantendo esse cronograma, milhares de civis que auxiliaram os países ocidentais durante a invasão dos últimos 20 anos não conseguirão deixar o Afeganistão - e terão suas vidas em perigo.

A caótica saída de Cabul desde o dia 15 de agosto tem mostrado diariamente cenas de desespero, com confusões constantes entre aqueles que conseguem chegar até o aeroporto. Estima-se que mais de 10 pessoas tenham morrido no local, além de alguns civis que se agarraram aos trens de pouso de aeronaves militares norte-americanos.

Governos europeus reconheceram que nem todos serão retirados a tempo do Afeganistão e estão divididos sobre o que fazer com essas pessoas. .

Ansa - Brasil   
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