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Centro de Hong Kong vira campo de batalha ao cair da noite

2 nov 2019 - 12h56
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A polícia atirou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes vestidos de preto em Hong Kong, após eles atearem fogo a estações de metrô e vandalizarem lojas em um dos dias mais violentos da cidade nas últimas semanas.

Antes, a polícia também tinha usado gás lacrimogêneo em um parque onde milhares de manifestantes - muitos bravos ao que dizem ter sido uma resposta pesada da polícia a cinco meses de protestos contra o governo - reuniram-se em uma tarde ensolarada.

Pequenos grupos de manifestantes mascarados fugiram ao distrito comercial Central, por ruas cheias de bancos, joalherias e lojas de roupas famosas, colocando fogo em barricadas de ruas e atirando coquetéis molotov, enquanto a polícia e caminhões de canhões de água aproximavam-se.

Manifestantes estão revoltados com o que consideram ser interferência da China nas liberdades de Hong Kong, incluindo seu sistema legal, desde que a cidade passou das mãos do Reino Unido de volta às chinesas em 1997. A China nega a acusação.

Assim que manifestantes majoritariamente pacíficos terminaram de fazer guindastes de origame no Chater Garden, um campo de críquete na época colonial, ativistas começaram a atirar coquetéis molotov nas ruas, à frente da sede do HSBC e na base de Hong Kong do Banco da China.

A polícia novamente respondeu com gás lacrimogêneo no 22º fim de semana seguido de protestos.

Manifestantes depois atiraram fogo às entradas de estações de metrô - que são alvos frequentes e encerram os serviços para impedir a reunião de pessoas - e tiraram duas cabines telefônicas do chão para erguer uma das muitas barricadas inflamadas. As perseguições continuaram dentro da noite, com os manifestantes recuando na área de Causeway Bay e ao longo da costa no lado norte, em Kowloon.

Algumas lojas e negócios também foram vandalizados, incluindo um Starbucks e uma filial local da agência de notícias Xinhua.

O Starbucks é localmente da Maxim's Caterers e tem sido alvo contínuo depois que a filha do fundador da empresa de Hong Kong condenou os manifestantes no conselho de direitos humanos das Nações Unidas, em Genebra.

Alguns manifestantes reuniram-se no porto, no distrito com hotéis e lojas de Tsim She Tsui, na ponta da península de Kowloon, com passageiros na balsa cantando "o povo de Hong Kong resistirá". Centenas reuniram-se no lado de fora da mesquita de Kowloon, na Nathan Road, gritando "lute pela liberdade".

A polícia disse que um largo grupo de manifestantes mascarados na área ocuparam ruas e atiraram coquetéis molotov. Em um incidente, fezes foram arremessadas contra oficiais, acrescentou a polícia.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
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