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Casa Branca diz que se recusará a colaborar com inquérito de impeachment de Trump

8 out 2019 - 16h52
(atualizado às 18h38)
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A Casa Branca disse nesta quinta-feira que se recusará a cooperar com um inquérito "sem base, inconstitucional" de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que coloca o presidente republicano em rota de colisão com a Câmara dos Deputados liderada pelos democratas.

04/10/2019
REUTERS/Yuri Gripas/File Photo
04/10/2019 REUTERS/Yuri Gripas/File Photo
Foto: Reuters

"Suas ações sem precedentes deixaram o presidente sem escolha", disse o advogado Pat Cipollone, em uma carta aos líderes democratas da Câmara. "Para cumprir seus deveres com o povo americano, a Constituição, o Poder Executivo e todos os futuros ocupantes da Presidência, o presidente Trump e seu governo não podem participar de seu inquérito partidário e inconstitucional sob essas circunstâncias."

A carta veio pouco depois de o governo Trump abruptamente impedir nesta terça-feira uma testemunha-chave no escândalo envolvendo a Ucrânia de prestar depoimento em um inquérito parlamentar de impeachment.

O Departamento de Estado dos EUA anunciou que o embaixador norte-americano na União Europeia, Gordon Sondland, um doador político de Trump, não teria permissão para depor no inquérito, apesar de já ter voado da Europa para isso. Trump atacou a investigação liderada pelos democratas sobre se ele abusou de seu poder em busca de ganhos políticos pessoais, classificando-a de um "circo armado".

Parlamentares democratas denunciaram a proibição e disseram que vão intimar Sondland a depor para obrigá-lo a se submeter às perguntas. O Departamento de Estado não respondeu aos pedidos de comentários sobre os motivos pelos quais Sondland foi impedido de depor aos parlamentares horas antes do horário previsto para ele comparecer perante os deputados.

O inquérito de impeachment está se concentrando nas alegações de um delator segundo as quais Trump usou a ajuda militar dos EUA para obter do presidente da Ucrânia a promessa de investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, um dos principais pré-candidatos para a indicação presidencial democrata para a eleição de 2020, e seu filho, Hunter, que integrou o conselho de uma empresa de gás ucraniana.

Sondland era uma testemunha-chave dos comitês de Relações Exteriores, Inteligência e Supervisão da Câmara, cujos membros provavelmente lhe indagariam por que ele se envolveu em assuntos com a Ucrânia, que não faz parte da UE.

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