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Casa Branca avalia "todas as opções" para incluir pergunta sobre cidadania em censo

4 jul 2019 - 19h09
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Com o prazo legal se aproximando do fim, o governo Trump examina "todas as opções" para incluir uma polêmica questão sobre cidadania no censo norte-americano de 2020, disse um porta-voz na quinta-feira. 

Presidente dos EUA, Donald Trump
30/06/2019
REUTERS/Yuri Gripas
Presidente dos EUA, Donald Trump 30/06/2019 REUTERS/Yuri Gripas
Foto: Reuters

Advogados do governo correm para conseguir cumprir o prazo de sexta-feira à tarde estabelecido pelo juiz da Corte Distrital de Maryland George Hazel, que quer que o governo declare suas intenções. 

Na semana passada, a Suprema Corte impediu a inclusão da questão na pesquisa, dizendo que autoridades do governo haviam oferecido um motivo "forçado" para a inclusão da questão no censo populacional decenal. Mas deixou aberta a possibilidade de inclusão se o governo pudesse oferecer um argumento plausível. 

A Casa Branca informou que analisa todas as opções para conseguir que a questão esteja no formulário do censo. 

"A Suprema Corte decidiu que é legal ter a questão de cidadania no censo se houver uma explicação apropriada --e não deveria ser recebido como surpresa o fato de que o presidente Trump está analisando todas as opções possíveis dentro de sua autoridade legal para acrescentar tal questão", afirmou por e-mail o porta-voz Hogan Gidley. 

O secretário de Comércio, Wilbur Ross, disse na terça-feira que o Escritório do Censo já havia iniciado o processo de impressão de questionários do censo sem a pergunta sobre cidadania, dando a impressão que o governo havia recuado. 

Trump determinou uma reversão nessa orientação por meio de publicação no Twitter na quarta-feira, afirmando que continuaria lutando, ainda que o governo tenha dito que o processo de impressão continua. 

"Os departamentos do Comércio e de Justiça estão trabalhando muito nisso, mesmo no feriado de 4 de Julho", publicou Trump na quinta-feira, horas antes de presidir as celebrações do dia de Independência dos Estados Unidos em Washington. 

O censo é usado para alocar as cadeiras na Câmara dos Deputados do país e para distribuir cerca de 800 bilhões de dólares em serviços federais, incluindo escolas públicas, benefícios de saúde pública, segurança pública e reparos de rodovias. 

Críticos classificam a questão envolvendo cidadania um plano republicano para intimidar imigrantes a não participarem da sondagem, promovendo uma sub-apuração em áreas normalmente de apelo ao partido Democrata, compostas por populações de imigrantes, e dizem que as autoridades mentem sobre suas motivações para acrescentar a questão.

Para esses críticos, a medida ajudaria os republicanos de Trump a ganharem assentos na Câmara e nas assembleias estaduais quando novos limites distritais forem redesenhados. 

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