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Carta encontrada confirmaria ataque terrorista na Holanda

Ministério Público holandês e polícia informaram que, por ora, nenhum vínculo foi estabelecido entre o suposto autor da ação e as vítimas

19 mar 2019 - 09h49
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UTRECHT, HOLANDA - Os investigadores do ataque de Utrecht, na Holanda - que deixou três mortos em um bonde elétrico -, indicaram nesta terça-feira (19) que uma carta econtrada no carro do principal suspeito seria uma pista de atentado terrorista.

Local do ataque em Utrecht, Holanda, em imagem obtida de um vídeo numa rede social
18/03/2019
DUIC.NL via REUTERS
Local do ataque em Utrecht, Holanda, em imagem obtida de um vídeo numa rede social 18/03/2019 DUIC.NL via REUTERS
Foto: Reuters

Em um comunicado conjunto, o Ministério Público holandês e a polícia informaram que, por ora, não foi estabelecido nenhum vínculo entre o suspeito de origem turca e as vítimas do ataque de segunda-feira em um bonde da cidade.

Na véspera, as autoridades holandesas afirmaram que provavelmente a ação teve motivação terrorista, mas que "não podiam descartar" outras razões, como uma disputa familiar.

Na tarde de segunda-feira, a polícia prendeu um homem identificado como Gokmen Tanis, de 37 anos, considerado o principal suspeito.

Suspeitos interrogados

A polícia da Holanda interroga nesta terça as três pessoas detidas após o ataque, incluindo Tanis. Ele foi detido horas depois de seu irmão mais novo, conhecido pelo Serviço Geral de Inteligência e Segurança da Holanda (AIVD, sigla em holandês) por suas ideias extremistas. Uma terceira pessoa também foi detida, mas não teve sua identidade divulgada.

Segundo fontes da polícia, Tanis tem pelo menos nove antecedentes criminais desde 2012 por "crimes comuns" e, há duas semanas, teve de testemunhar em três casos: roubo de bicicletas na rua, roubo em uma loja de bicicletas e caso de estupro e maus-tratos a uma mulher, crime pelo qual ele ficou preso por seis semanas.

Amigos e pessoas próximas a ele, que também foram interrogados pela polícia, o descreveram como um homem "pouco estável" e com "problemas psicológicos", mas também ressaltaram que há dois anos, após seu divórcio, ele teve fases nas quais era um "religioso muito praticante e que deixava a barba crescer" e"só se dedicava a beber álcool".

Já o irmão está ligado a alguns movimentos salafistas e, segundo o AIVD, lutou na Chechênia com um grupo jihadista há alguns anos e compartilhou nas redes sociais textos nos quais que ele chama de "malditos" os democratas e ateus.

"A possibilidade de que tenha sido um ataque terrorista é pequena", afirmou Mahmut Tanis, tio de Gokmen. O pai do suspeito, Mehmet Tanis, que vive na cidade turca de Kayseri, disse aos veículos de comunicação que há anos não tem notícias do filho. "Não falo com meu filho há 11 anos. Se ele fez isso, deve pagar. Não tenho informações sobre seu estado psicológico durante o ataque." / AFP e EFE

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