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Cardeal australiano é preso após condenação por abuso sexual infantil

27 fev 2019 - 10h24
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O cardeal australiano George Pell, ex-conselheiro do papa Francisco, foi preso na quarta-feira após uma sentença condenatória por ter abusado sexualmente de dois meninos de um coral há mais de duas décadas.

Cardeal George Pell deixa tribunal em Melbourne
06/10/2017 REUTERS/Mark Dadswell
Cardeal George Pell deixa tribunal em Melbourne 06/10/2017 REUTERS/Mark Dadswell
Foto: Reuters

    Pell será formalmente sentenciado em 13 de março.

    Ele enfrenta pena máxima de 10 anos de prisão por cada um dos cinco delitos sexuais infantis, que incluem conduta indecente e uma acusação de penetração sexual.

    Seus advogados entraram com recurso contra sua condenação.

    Pell foi considerado culpado de abuso sexual infantil em dezembro. O veredicto foi revelado na terça-feira depois que uma ordem de suspensão judicial foi revogada.

    O juiz Peter Kidd invalidou a fiança de Pell na quarta-feira, concedida para tratamento médico após o julgamento de 2018, e o cardeal foi imediatamente levado sob custódia ao final da audiência.

    Pell, o ex-tesoureiro do Vaticano, é o clérigo católico mais importante do mundo a ser condenado por crimes sexuais infantis, um resultado que chocou a Igreja e seus partidários.

    "Esta ofensa garante prisão imediata", disse o promotor Mark Gibson ao tribunal na quarta-feira. "Envolveu dois meninos vulneráveis, com idade de 13 anos."

    O advogado de Pell, Robert Richter, defendeu uma sentença branda.

    A defesa de Pell apresentou dez pessoas para testemunhar sobre o caráter do cardeal. Elas o descreveram como um homem de grande paixão, com um grande senso de humor que poderia se relacionar com todos, desde primeiros-ministros até pessoas em situação de rua, disse Richter ao tribunal.

    "Nenhuma delas acredita que ele é capaz disso", disse Richter.

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