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Câmara dos EUA aprova fundo para desastres enquanto Trump critica Porto Rico

12 out 2017 - 19h34
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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira uma ajuda emergencial de 36,5 bilhões de dólares para Porto Rico, recentemente atingido por furacão, e outras áreas que sofreram com desastres recentes.

Além da ajuda para o território norte-americano de Porto Rico, que se recupera da devastação do furacão Maria, o projeto também destina fundos para áreas atingidas por tempestades na Flórida, Texas, nas Ilhas Virgens Americanas e para região da Califórnia, atingida por incêndios florestais.

O projeto bipartidário passou pela Câmara, controlada pelos republicanos, por 353 contra 69 votos, poucas horas depois de o presidente Donald Trump dizer que as equipes de emergência do governo não poderiam ficar em Porto Rico "para sempre".

Depois dos comentários de Trump, postados no Twitter na manhã de quinta-feira, a Casa Branca reassegurou que o governo está "comprometido" com a ação de ajuda a Porto Rico.

Trump criticou Porto Rico por "uma total falta de responsabilidade", dizendo que rede de eletricidade e toda a infraestrutura locais "eram um desastre antes dos furacões".

Ao mesmo tempo, ele disse que cabia ao "Congresso decidir quanto gastar". "Não podemos manter a FEMA, os militares e a equipe de emergência, que têm sido incríveis (sob as condições mais difíceis) em P. R. para sempre!", escreveu Trump.

FEMA é a agência federal de gerenciamento de emergência, que supervisiona a resposta a desastres nos EUA.

Porto Rico tem quase 72 bilhões de dólares em dívidas pré-furacão, monitoradas por um conselho criado pela federação. Boa parte da ilha permanece sem eletricidade e sem água três semanas depois de o furacão Maria atingir o local.

Questionada sobre os comentários de Trump, a Casa Branca disse mais tarde que estava "comprometida em ajudar Porto Rico" e a trabalhar com líderes locais e o Congresso "para identificar o melhor caminho fiscalmente responsável".

"Recuperações exitosas não duram para sempre. Elas devem ser tão ágeis quanto possível para ajudar que as pessoas retomem as suas vidas normais", disse Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, em comunicado.

O chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, reiterou em entrevista à imprensa que o governo "apoiará os cidadãos norte-americanos em Porto Rico até o trabalho terminar".

Os comentários de Trump foram condenados por legisladores democratas.

A deputada democrata Nydia Velazquez, de Nova York, que tem uma grande comunidade portorriquenha, disse na Câmara que a ilha está enfrentando uma "crise humanitária".

"O presidente dos Estados Unidos está tuitando amaeças de retirar a ajuda. Isso é um ultraje, um insulto", disse.

O senador republicano Marco Rubio, da Flórida, disse à Reuters que pediu ao presidente para criar uma força-tarefa para prestar consultoria na reconstrução da ilha, e que o presidente havia sido receptivo à ideia.

O presidente da Câmara, Paul Ryan, disse que irá a Porto Rico na sexta-feira como parte de uma delegação do Congresso para avaliar os danos.

O Senado, também controlado pelos republicanos, deve votar o pacote de ajuda neste mês.

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