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Búlgaro é preso na Alemanha suspeito de assassinato de jornalista

10 out 2018 - 11h24
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Um búlgaro foi detido na Alemanha suspeito de estuprar e assassinar a jornalista Viktoria Marinova, disseram autoridades nesta quarta-feira, à medida que o premiê da Bulgária, Boyko Borissov, disse que repórteres têm liberdade total para trabalhar em seu país.

Homenagens a jornalista búlgara Viktoria Marinova, em Ruse, na Bulgária 09/10/2018 REUTERS/Stoyan Nenov
Homenagens a jornalista búlgara Viktoria Marinova, em Ruse, na Bulgária 09/10/2018 REUTERS/Stoyan Nenov
Foto: Reuters

O suspeito foi preso na terça-feira a pedido da Bulgária, disse o ministro do Interior, Mladen Marinov, em coletiva de imprensa que contou com a presença de Borissov e do procurador-geral búlgaro.

Ele foi acusado do assassinato, e as autoridades búlgaras esperam que a Alemanha o extradite à Bulgária, disse o procurador-geral, Sotir Tsatsarov.

O Ministério do Interior do Estado alemão da Baixa Saxônia confirmou que um suspeito de 20 anos foi preso na casa de parentes na cidade de Stade na noite de terça-feira e que deve ser levado à presença de um magistrado ainda nesta quarta-feira.

O corpo da jornalista de 30 anos, que a polícia disse ter sido estuprada, espancada e sufocada, foi encontrado no domingo.

Em seu último programa, exibido no dia 30 de setembro, Viktoria apresentou dois jornalistas que estão investigando uma suspeita de corrupção envolvendo fundos da União Europeia e disse que seu próprio programa, "Detector", da rede local NTV, faria investigações semelhantes.

Até agora não se estabeleceu nenhuma ligação entre o assassinato e o trabalho de Viktoria, e Borissov criticou búlgaros que, segundo ele, se precipitaram ao comparar a Bulgária a países como Malta e Eslováquia, onde jornalistas foram mortos recentemente devido a seu trabalho.

O premiê disse que os jornalistas da Bulgária têm "liberdade total para escrever e noticiar qualquer tópico".

"Fizemos todo este trabalho no espaço de três dias. No espaço de três dias li coisas monstruosas sobre a Bulgária, e nada daquilo era verdade", disse.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, elogiou os esforços das autoridades búlgaras.

"A reação rápida e os esforços conjuntos demonstram a determinação de buscar a justiça para tais atos desprezíveis. Nossos pensamentos continuam com a família e os amigos de Viktoria Marinova", disse em comunicado.

O suspeito foi identificado como Severin Krasimirov, de Ruse, que morava perto do parque onde o corpo de Viktoria foi encontrado. Ele deixou o país no domingo, disse o Ministério do Interior a repórteres.

O procurador-geral da Bulgária disse em coletiva de imprensa que a esta altura ainda não pode afirmar se o assassinato teve relação com o trabalho de Viktoria como jornalista. Os indícios coletados até o momento apontam para um ataque e agressão sexual espontâneos, disse.

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