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Brexit causa divisão no Partido Trabalhista

Sete deputados abandonaram a legenda e criticaram Corbyn

18 fev 2019 - 08h53
(atualizado às 09h38)
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Sete deputados do Partido Trabalhista do Reino Unido anunciaram nesta segunda-feira (18) sua saída da legenda em protesto contra a abordagem do líder Jeremy Corbyn nas discussões sobre o Brexit.

Além disso, Angela Smith, Ann Cofre, Chuka Umunna, Chris Leslie, Gavin Shuker, Luciana Berger e Mike Gapes acusam Corbyn de antissemitismo. Os sete defendem a realização de um segundo plebiscito sobre a saída do país da União Europeia e pretendem minar a proposta de um Brexit mais suave feita pelo líder trabalhista.

Jeremy Corbyn foi acusado de "sequestrar" o Partido Trabalhista e de antissemitismo
Jeremy Corbyn foi acusado de "sequestrar" o Partido Trabalhista e de antissemitismo
Foto: EPA / Ansa

Eles pertencem à ala mais liberal do partido, hostil ao projeto socialista de Corbyn, e permanecerão na Câmara dos Comuns como independentes. Leslie acusou a esquerda de ter "sequestrado" a legenda e de não oferecer outra escolha.

Já Berger, que é judia, afirmou que o partido se tornou "institucionalmente antissemita". "Nesta manhã, todos nós saímos do Partido Trabalhista. Foi uma decisão difícil e dolorosa, mas necessária", escreveu a deputada no Twitter.

A última secessão na legenda de centro-esquerda ocorrera em 1981, quando quatro deputados europeístas fundaram o Partido Social-Democrata, experiência que fracassaria pouco depois. Corbyn defende uma versão mais "suave" do Brexit, que manteria o Reino Unido em uma união aduaneira com a UE.

A proposta poderia ganhar força em meio às divisões no Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, mas enfrenta resistência tanto dos grupos eurocéticos, que querem um rompimento mais claro com Bruxelas, quanto dos dissidentes trabalhistas, que defendem um novo plebiscito.

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