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Bombardeiro B-1B dos EUA se junta a exercícios com a Coreia do Sul em meio a escalada na tensão

6 dez 2017 - 09h16
(atualizado às 09h58)
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Um bombardeiro norte-americano B-1B se juntou nesta quarta-feira a exercícios militares de larga escala feitos pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos e criticados pela Coreia do Norte, que afirmou que as manobras colocam a península à beira da guerra nuclear, em um momento no qual as tensões entre Washington e Pyongyang se elevam.

Foto de divulgação de um bombardeiro norte-americano B-1B  10/10/2017  Staff Sgt. Joshua Smoot/Força Aérea dos EUA/Divulgação via REUTERS
Foto de divulgação de um bombardeiro norte-americano B-1B 10/10/2017 Staff Sgt. Joshua Smoot/Força Aérea dos EUA/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

O bombardeiro sobrevoou Guam, território do Pacífico administrado pelos EUA, e se uniu a caças F-22 e F-35 antirradar nas manobras anuais, que vão até sexta-feira.

Os exercícios ocorrem depois de a Coreia do Norte ter testado seu míssil balístico intercontinental mais avançado e capaz de alcançar os EUA, parte de um programa de armas que vem desenvolvendo em desafio a sanções e críticas internacionais.

Indagado sobre o voo do bombardeiro, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, respondeu durante um boletim de notícias de rotina em Pequim: "Esperamos que as partes relevantes consigam manter a moderação e não fazer nada que aumente as tensões na Península Coreana".

A Coreia do Norte ameaça destruir a Coreia do Sul, os EUA e o Japão com frequência. No final de semana sua agência de notícias oficial, KCNA, disse que o governo do presidente Donald Trump está "implorando por uma guerra nuclear" ao realizar os exercícios.

Ela também rotulou Trump, que ameaçou destruir a Coreia do Norte se seu país for ameaçado, de "insano".

Na terça-feira a KCNA disse que os exercícios dos quais o bombardeiro participa estão "simulando uma guerra total", incluindo manobras para "atacar a liderança do Estado e bases nucleares e de mísseis balísticos, campos aéreos, bases navais e outros grandes objetos".

No domingo, o senador norte-americano republicano Lindsey Graham pediu que o Pentágono comece a retirar dependentes dos militares dos EUA, como cônjuges e crianças, da Coreia do Sul, dizendo que o conflito com Pyongyang está se aproximando.

Os exercícios EUA-Coreia do Sul coincidem com uma visita rara do subsecretário-geral de assuntos políticos da Organização das Nações Unidas (ONU), Jeffrey Feltman, à Coreia do Norte.

O vice-ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Pak Myong Guk, se encontrou com Feltman nesta quarta-feira na capital Pyongyang e debateu a cooperação bilateral e outros assuntos de interesse mútuo, informou a KCNA.

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