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Mundo

Bombardeios de Israel em Gaza podem ser crime de guerra, diz ONU

Conflito de 11 dias deixou mais de 250 mortos

27 mai 2021 - 08h56
(atualizado às 09h08)
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A alta comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, afirmou nesta quinta-feira (27) que os bombardeios realizados por Israel na Faixa de Gaza durante 11 dias neste mês de maio podem ser "crimes de guerra".

Ataques em Gaza destruíram dezenas de prédios
Ataques em Gaza destruíram dezenas de prédios
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"Se for verificado que o impacto sofrido por civis e seus bens materiais foi indiscriminado e desproporcional, esses ataques podem se constituir como crimes de guerra", disse Bachelet durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos.

Segundo a chilena, apesar do governo de Tel Aviv afirmar que os prédios atingidos em áreas de população civil abrigavam os "terroristas do Hamas", o país "não apresentou provas a respeito". Bachelet ainda lembrou que diversas das estruturas atingidas por bombas "eram edifícios governamentais, casas, edifícios residenciais, de organizações humanitárias, instalações médicas e estradas".

Durante o conflito, que durou entre 10 e 21 de maio, diversos foram os governos internacionais que afirmavam que Israel "tinha o direito de se defender" dos ataques de foguetes lançados pelos grupos Hamas e Jihad Islâmica, mas que a resposta "deveria ser proporcional".

Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, foram 243 mortes na cidade, incluindo 66 crianças e 39 mulheres, mais de dois mil feridos e milhares de desabrigados. Do lado israelense, 12 mortes foram confirmadas, incluindo uma criança.

Crise com a França

Nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, convocou o embaixador de Paris no país após as afirmações do ministro Jean-Yves Le Drian.

No domingo, o chanceler francês afirmou que há um "risco de apartheid" de Israel em relação aos palestinos se a solução de "dois Estados" não for alcançado.

A fala referia-se aos confrontos vistos em diversas cidades israelenses que tinham uma coabitação entre palestinos e judeus mais pacíficas. .

Ansa - Brasil   
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