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Boca de urna aponta vitória avassaladora de Boris Johnson

Premier deve ter maioria absoluta para aprovar acordo do Brexit

12 dez 2019 - 19h30
(atualizado às 20h00)
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Uma pesquisa de boca de urna das eleições legislativas antecipadas no Reino Unido aponta que o Partido Conservador, do primeiro-ministro Boris Johnson, terá maioria absoluta no Parlamento.

A sondagem foi divulgada às 22h (horário local) pela rede pública BBC, logo após o fechamento das urnas, e dá 368 cadeiras na Câmara dos Comuns para os "tories", de um total de 650 - o número mínimo para se ter maioria é 326.

Boris Johnson deve encontrar caminho livre para aprovar acordo do Brexit
Boris Johnson deve encontrar caminho livre para aprovar acordo do Brexit
Foto: EPA / Ansa

Com isso, Johnson deve ter amplo apoio no Parlamento para aprovar o acordo do Brexit, negociado com a União Europeia em outubro passado. Atualmente, ele depende de uma aliança com unionistas irlandeses - que rejeitam alguns termos do tratado - para governar.

Segundo a mesma pesquisa, o Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn, terá 191 cadeiras, 71 a menos que nas eleições de 2017.

Já a legenda Democratas Liberais aparece com 13 deputados (um a mais que dois anos atrás), enquanto o Partido Nacional Escocês (SNP) deve alcançar 55 (crescimento de 20 cadeiras), de acordo com a boca de urna.

A pesquisa foi conduzida em 144 colégios eleitorais e ouviu 22.790 eleitores.

O acordo

O novo acordo entre Londres e Bruxelas mantém o Reino Unido sob regras europeias até o fim de 2020, com possibilidade de prorrogação desse prazo para eventuais ajustes. Após a transição, a ilha da Grã-Bretanha sairá da UE e da união aduaneira, mas a Irlanda do Norte terá uma espécie de status duplo.

Por um lado, Belfast permanecerá no território aduaneiro do Reino Unido e será incluída em qualquer futuro acordo comercial fechado por Londres. Por outro, será um ponto de entrada para a zona aduaneira europeia. Ou seja, o governo do Reino Unido aplicará, em nome da UE, tarifas europeias sobre produtos estrangeiros que arrisquem entrar na República da Irlanda e, por consequência, no mercado comum do bloco.

Não haverá aduanas na ilha, e todos os controles alfandegários serão feitos nos portos. Além disso, a Irlanda do Norte continuará alinhada a um número limitado de regras europeias, inclusive no aspecto sanitário. Esse sistema vigorará até 31 de dezembro de 2024, nos quatro anos após o período de transição.

Ainda antes de 2025, a Assembleia da Irlanda do Norte, suspensa desde janeiro de 2017, decidirá por maioria simples se mantém ou não as regras da UE. O órgão poderá prorrogar o sistema vigente em votações a cada quatro ou oito anos, dependendo do percentual de aprovação. Se as regras europeias forem rejeitadas, elas deixarão de valer depois de dois anos.

Esse complexo mecanismo substitui o "backstop", que manteria a Irlanda do Norte na união aduaneira europeia caso Londres e Bruxelas não concluíssem um acordo de livre comércio no período de transição.

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