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Bilionário Piñera retorna à Presidência do Chile com vitória contundente

18 dez 2017 - 09h56
(atualizado às 10h02)
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O conservador Sebastián Piñera ganhou a eleição presidencial de domingo no Chile com uma margem maior do que a esperada, prometendo estimular o crescimento econômico do principal país exportador de cobre do mundo e adotar políticas mais favoráveis ao mercado do que as da atual presidente Michelle Bachelet, de centro-esquerda.

Presidente eleito do Chile, Sebastian Piñera, comemora vitória em Santiago 17/12/2017 REUTERS/Ivan Alvarado
Presidente eleito do Chile, Sebastian Piñera, comemora vitória em Santiago 17/12/2017 REUTERS/Ivan Alvarado
Foto: Reuters

Piñera, que já havia governado entre 2010 e 2014, obteve 54,58 por cento dos votos no segundo turno após a finalização da contagem, informou a autoridade eleitoral, pouco mais de 9 pontos percentuais à frente de seu rival de centro-esquerda, o senador Alejandro Guillier.

"A voz dos chilenos foi ouvida forte e clara... unidos vamos transformar o Chile em um país desenvolvido, em um país sem pobreza", disse Piñera em seu primeiro discurso como presidente eleito.

O bilionário de 68 anos obteve um resultado que o converte no mandatário eleito com mais votos em um segundo turno desde o retorno da democracia. O líder conservador superou inclusive a cifra alcançada por Bachelet quando foi eleita há quatro anos.

"Tivemos surpresas no primeiro e no segundo turnos... No primeiro turno obtivemos menos votos do que acreditávamos e no segundo turno obtivemos mais votos do que acreditávamos", disse Piñera a repórteres acompanhado de Guillier, em uma demonstração de maturidade democrática no país mais estável da América Latina.

A diferença foi maior do que os especialistas e as próprias equipes de campanha esperavam, e um testemunho do sentimento dos chilenos sobre a gestão Bachelet, que tentou reduzir a desigualdade de renda entre ricos e pobres com várias reformas, mas enfrentou desavenças dentro de uma coalizão desgastada e um desempenho fraco da economia, que eclipsarem seu legado.

"Foi uma derrota dura", reconheceu Guillier depois de felicitar seu rival por sua "vitória impecável". 

Pouco depois da oficialização da vitória de Piñera, Bachelet falou por telefone com o candidato, uma conversa transmitida pela televisão, e lhe desejou "uma gestão muito boa em seu mandato". Durante a conversa os dois combinaram um café da manhã de trabalho nesta segunda-feira para coordenar a transição de poder. 

Piñera, que estudou em Harvard, garantiu durante a campanha eleitoral que corrigirá as polêmicas reformas tributárias e sociais impulsionadas por Bachelet, que em sua opinião fizeram a economia regredir ao seu pior momento em quase uma década.

Durante seu primeiro mandato, a economia chilena cresceu a um ritmo médio de 5,3 por cento.

"Quando ele foi presidente a atividade em nossa área foi bastante boa, e espero que desta vez seja igual", disse José Oyaneder, vendedor de loja de 54 anos.

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