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Biden e Putin debatem acordo sobre armas nucleares

Após telefonema, Parlamento russo aprovou extensão de pacto

27 jan 2021 - 09h00
(atualizado às 09h27)
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, tiveram a primeira conversa oficial do mandato do democrata na noite desta terça-feira (26) e debateram temas relacionados ao acordo sobre armas nucleares e sobre a prisão do opositor Alexei Navalny.

Biden e Putin conversaram formalmente pela primeira vez
Biden e Putin conversaram formalmente pela primeira vez
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O telefonema foi confirmado pelos porta-vozes dos dois governos: Jen Psaki por Washington e Dimitri Peskov pelo Kremlin.

Segundo a Casa Branca, Biden afirmou que o país está ao lado da Ucrânia "sobre a agressão" sofrida pelos russos, com a anexação da Crimeia e a área de conflito há cerca de sete anos na região de Donbass. Além disso, os dois trataram sobre os ataques cibernéticos imputados à Rússia pelos serviços de Inteligência de Washington e sobre pontos de conflito no Afeganistão.

Por sua vez, o Kremlin informou que Putin pediu por uma "normalização" das relações entre as duas nações.

Sobre o opositor russo, Biden informou estar "preocupado" pelo envenenamento sofrido por Navalny, em agosto de 2020, e pela atual prisão do advogado ao voltar para seu país após tratamento médico na Alemanha.

Já Peskov afirmou que Putin "forneceu" a Biden "os necessários esclarecimentos" sobre o caso do opositor e ressaltou a posição do governo de que o envenenamento não foi um ato de Estado. Os russos acusam Navalny de ter provocado o próprio envenenamento para incriminar Putin e fazer com que a comunidade internacional se voltasse contra o Kremlin.

- Acordo nuclear:

Os dois presidentes concordaram na extensão do acordo New Start, assinado em 2010 e que dá andamento a pactos nucleares desde a época da Guerra Fria. Esse é o último remanescente entre os dois países depois da presidência de Donald Trump, que retirou os EUA de outros acordos nucleares.

Biden se disse de acordo com a prorrogação por cinco anos do texto que limita que cada uma das potências tenha no máximo 1.550 ogivas nucleares e 700 mísseis em condições de uso.

Nesta quarta-feira (27), o baixo Parlamento russo (Duma) aprovou a extensão do acordo, conforme informa a imprensa local. Durante a sessão, o vice-ministro das Relações Exteriores, Serghei Ryabkov, afirmou que além da renovação do acordo, os dois países devem abrir um debate para incluir no pacto também as armas super e hipersônicas.

"Sobre os nossos sistemas hipersônicos, incluindo aqueles futuros desenvolvidos pelos norte-americanos, eles deverão ser objeto do diálogo que estamos propondo", disse Ryabkov. .

Ansa - Brasil   
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