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Biden e Merkel prometem frente comum para lidar com Rússia e China

15 jul 2021 - 20h17
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a chanceler alemã, Angela Merkel, prometeram nesta quinta-feira trabalhar em conjunto para se defenderem das agressões da Rússia e se posicionarem contra ações antidemocráticas da China. 

Joe Biden e Angela Merkel se reúnem na Casa Branca
 15/7/2021    REUTERS/Tom Brenner
Joe Biden e Angela Merkel se reúnem na Casa Branca 15/7/2021 REUTERS/Tom Brenner
Foto: Reuters

Biden disse que reiterou suas preocupações sobre a construção do gasoduto Nord Stream 2 entre Rússia e Alemanha sob o Mar Báltico, mas ele e Merkel estão unidos na crença de que a Rússia não deve utilizar a questão energética como uma arma.

"Estamos juntos e continuaremos juntos para defender nossos aliados do flanco leste na Otan contra as agressões da Rússia", disse Biden em uma entrevista coletiva conjunta ao lado de Merkel. 

O democrata afirmou que os dois países irão defender os princípios democráticos e direitos universais quando virem a China ou qualquer outro país trabalhando para prejudicar uma sociedade livre e aberta. 

Os Estados Unidos e a Alemanha são importantes aliados na Otan, mas a relação vinha sofrendo sob o governo do ex-presidente Donald Trump. Biden e Merkel já se conheciam e trabalharam juntos lado a lado por anos. Ambos prometeram fortalecer os laços entre os dois países daqui em diante.

O governo de Washington teme que o gasoduto Nord Stream 2 irá afetar a Ucrânia e aumentar a dependência europeia do gás natural russo. Os Estados Unidos querem encontrar maneiras para que a Rússia não utilize o gasoduto para prejudicar a Ucrânia ou outros aliados na Europa oriental. 

O projeto de 11 bilhões de dólares, que deve ser finalizado em setembro, irá contornar a Ucrânia, aliada dos EUA na região, potencialmente privando o país de valorosas taxas de passagem.

A Alemanha e os Estados Unidos discordam sobre as possibilidades de parcerias com a China em projetos comerciais, sobre a quebra temporária de patentes com o objetivo de acelerar a produção global de vacinas contra a Covid-19 e em relação às atuais restrições a europeus em viagens para os Estados Unidos.

Biden, de 78 anos, e Merkel, de 66, estão de acordo em uma série de assuntos mais amplos, e ambos querem fortalecer a relação transatlântica que tanto sofreu com as frequentes críticas do ex-presidente Trump aos aliados mais próximos dos EUA. 

"A cooperação entre Estados Unidos e Alemanha é forte e esperamos continuar assim, e estou confiante de que iremos", disse Biden enquanto começava a reunião que durou mais de uma hora. O presidente falou que Merkel já havia estado no Salão Oval da Casa Branca muitas vezes e a chamou de "uma grande amiga, uma amiga pessoal, e uma amiga dos Estados Unidos". 

"Eu valorizo a amizade", disse Merkel, a primeira líder europeia a visitar Biden na Casa Branca, ressaltando o papel dos americanos na construção de uma Alemanha livre e democrática após a Segunda Guerra Mundial.

Os dois líderes não terão muito tempo para trabalhar juntos e fortalecer os laços entre a maior e a quarta maior economias do mundo. 

Merkel, chanceler desde 2005, planeja deixar o governo alemão após as eleições nacionais em setembro. As pesquisas mostram que seu Partido Democrata Cristão deve liderar a formação de um novo governo após as eleições, mas ainda não está claro quais partidos seriam incluídos na coalizão.

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