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Biden anuncia medidas para limitar "armas fantasmas" e apoia lei de rastreio

8 abr 2021 - 15h57
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu secretário de Justiça, Merrick Garland, anunciaram medidas limitadas para enfrentar a violência armada no país nesta quinta-feira, o que a Casa Branca descreveu como um primeiro passo para conter os massacres a tiros, o derramamento de sangue nas comunidades e os suicídios.

Biden em evento na Casa Branca
 8/4/2021 REUTERS/Kevin Lamarque
Biden em evento na Casa Branca 8/4/2021 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

As medidas incluem planos para o Departamento de Justiça reprimir as "armas fantasmas" montadas pessoalmente e sujeitar peças que transformam pistolas em rifles a registros de acordo com a Lei Nacional de Armas de Fogo.

Biden disse que pedirá ao Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos que divulgue um relatório anual sobre o tráfico de armas de fogo nos EUA e que torne mais fácil para os Estados adotarem leis de "Bandeira Vermelha", que rastreiam indivíduos em risco que possuem armas.

O presidente também delineou metas mais ambiciosas que precisam do apoio do Congresso para concretizar, como a readoção de uma proibição de armas de assalto e a aprovação de uma lei de Bandeira Vermelha de âmbito nacional.

"Hoje estamos adotando medidas para confrontar não somente a crise das armas, mas o que é de fato uma crise de saúde pública", disse Biden, em discurso a uma plateia repleta de familiares de vítimas da violência armada. Ele lembrou outro massacre a tiros na Carolina do Sul nesta semana.

"Isto é uma epidemia, pelo amor de Deus, e tem que parar", disse.

O democrata, que tem um histórico antigo de defesa de restrições às armas, sofre pressão para intensificar ações na esteira de massacres a tiros recentes no Colorado e na Geórgia.

Biden anunciou as medidas ao lado da vice-presidente, Kamala Harris, e de Garland, que o presidente disse que priorizará a violência armada no comando do Departamento de Justiça.

"Tivemos mais tragédias do que podemos suportar", disse Harris. "Pessoas dos dois lados do espectro político querem ação... então tudo que resta é a vontade e a coragem de agir."

Garland disse que o Departamento de Justiça repensará a maneira como analisa casos e investigações criminais para tentar aprender mais sobre os padrões do tráfico de armas moderno.

"Armas modernas não são mais simplesmente fundidas ou forjadas, mas também podem ser feitas de plástico, impressas em uma impressora 3D ou vendidas em conjuntos de montar", detalhou o secretário.

O controle de armas é um tema polarizado nos EUA, que já testemunhou um número considerável de massacres a tiros em escolas e outros locais públicos há décadas.

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