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Biden alerta sobre alta do coronavírus; Trump diz que pandemia vai acabar logo

23 out 2020 - 20h21
(atualizado às 20h24)
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O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, atacou nesta sexta-feira a forma como o presidente Donald Trump lidou com a pandemia de coronavírus, ao mesmo tempo em que um importante órgão de pesquisa alertou que o número de mortos pela Covid-19 no país pode mais que dobrar nos próximos quatro meses.

23/10/2020
REUTERS/Kevin Lamarque
23/10/2020 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Biden, de 77 anos, falou de sua cidade natal, Wilmington, no Estado de Delaware, antes de uma viagem de Trump, de 74, para o Estado-chave da Flórida, a apenas 11 dias da eleição.

No primeiro de dois comícios planejados para esta sexta-feira no Estado, Trump zombou de Biden por dizer no debate presidencial de quinta-feira à noite que os Estados Unidos estavam entrando em um "inverno sombrio".

Ele disse que o ex-vice-presidente e seus aliados democratas estavam tentando assustar as pessoas exagerando na ameaça do vírus.

"Vamos acabar rapidamente com esta pandemia", disse Trump, que minimizou a ameaça desde seu início, em The Villages, uma comunidade principalmente de aposentados no centro da Flórida.

"A vida normal será totalmente retomada."

Embora o dia da eleição esteja marcado para 3 de novembro, mais de 52 milhões de norte-americanos já votaram, um ritmo sem precedentes que sugere uma participação recorde, de acordo com o Projeto Eleições, da Universidade da Flórida.

O aumento da votação antecipada aponta para um intenso interesse no destino de Trump e uma população ansiosa para evitar o risco de exposição à Covid-19 no dia da eleição. A doença matou mais de 221.000 pessoas nos Estados Unidos e custou milhões de empregos.

Biden criticou a resposta de Trump à pandemia.

"Ele desistiu da América. Ele só quer que fiquemos paralisados", disse Biden em um discurso. Ele afirmou que, se ganhar a eleição, pedirá ao Congresso que aprove uma legislação abrangente de resposta à Covid e a devolva para que ele sancione a lei nos primeiros 10 dias no cargo.

"Não vou fechar a economia. Não vou fechar o país. Vou acabar com o vírus", disse ele.

Em um lembrete da propagação acelerada da Covid-19 com a aproximação do inverno, pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde da Universidade de Washington alertaram que o vírus pode matar mais de meio milhão de pessoas nos Estados Unidos até o final de fevereiro de 2021.

Eles disseram que cerca de 130.000 vidas poderiam ser salvas se todos usassem máscaras, de acordo com um estudo divulgado nesta sexta-feira.

Trump defendeu seu modo de lidar com a crise de saúde, dizendo que o pior já passou. Ele acusou Biden e outros democratas de reagir de forma exagerada à ameaça e prejudicar a economia.

O grande número de votos antecipados dá ao republicano Trump menos chance de mudar opiniões. As pesquisas mostram que ele está atrás de Biden tanto nacionalmente quanto, por uma margem menor, em vários Estados-chave que decidirão quem assume a Casa Branca em 20 de janeiro de 2021.

Trump disse que essas pesquisas subestimaram seu apoio. "Acredito que estamos liderando em muitos Estados que vocês não sabem", declarou ele a repórteres na Casa Branca.

Os norte-americanos podem ter que esperar dias ou semanas para saber quem venceu, já que autoridades eleitorais contam dezenas de milhões de votos por correspondência.

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