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BC da Itália critica criptomoeda do Facebook

Ignazio Visco disse que a Libra poderá ser usada para crimes

12 jul 2019 - 15h30
(atualizado às 16h25)
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O presidente do Banco da Itália, Ignazio Visco, afirmou nesta sexta-feira (12) que a Libra, criptomoeda lançada pelo Facebook, pode servir de instrumento de lavagem de dinheiro e para financiar o terrorismo.

O CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg
O CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O alerta foi feito durante uma assembleia da Associação Bancária Italiana (ABI), em Milão. "O fato de que uma moeda privada nasça em um contexto digital pode alterar as modalidades pelas quais se manifestam os tradicionais riscos de liquidez, mercado e insolvência, mas não eliminá-los", disse Visco, que comanda o equivalente ao banco central da Itália.

Segundo ele, a Libra comporta riscos para a "segurança dos recursos dos poupadores" e para a "estabilidade do sistema financeiro". Avaliação semelhante já havia sido feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse não ser "um fã das criptomoedas".

"Não é dinheiro, seu valor é altamente volátil e está baseado em nada", escreveu o mandatário no Twitter. "Libra, a moeda virtual do Facebook, terá pouco apoio e confiabilidade. Se o Facebook e outras companhias querem se tornar bancos, devem obter um documento de autorização e estar sujeitos às regras bancárias", acrescentou.

A Libra foi anunciada em junho passado pelo Facebook e deve chegar ao mercado em 2020. Segundo a rede social, já envolvida em diversos escândalos de privacidade, sua criptomoeda será mais estável e segura que as outras, como o bitcoin.

A administração da moeda digital ficará a cargo de uma associação com sede em Genebra, na Suíça, que inclui gigantes do setor financeiro, como Visa, Mastercard e PayPal, e empresas de tecnologia, como Uber, Spotify e eBay.

Ansa - Brasil   
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