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Autor do massacre na Nova Zelândia quer defender a si mesmo

Australiano não entrou no radar da polícia e nem de vendedor de armas antes do ataque

18 mar 2019 - 07h57
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Brenton Tarrant, autor do massacre em duas mesquitas que deixou 50 mortos na Nova Zelândia, não quer um advogado. O australiano de 28 anos pretende defender a si mesmo na próxima audiência, marcada para o dia 5 de abril.

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia - Foto de munição foi postada no Twitter pelo suposto atirador do ataque à mesquita em Christchurch. A imagem não datada foi compartilhada no dia 12 de março.
Atentado em Christchurch, Nova Zelândia - Foto de munição foi postada no Twitter pelo suposto atirador do ataque à mesquita em Christchurch. A imagem não datada foi compartilhada no dia 12 de março.
Foto: Twitter/ Reuters / Estadão Conteúdo

Acusado formalmente por assassinato, Tarrant foi representado pelo advogado Richard Peters na audiência preliminar, realizada no sábado, 16. Na ocasião, o australiano fez o gesto de um "ok" com a mão direita, símbolo usado por nacionalistas brancos, e ficou impassível durante a leitura de acusação.

Segundo Peters, Tarrant não parece sofrer de incapacidade mental e compreende o ocorrido.

O australiano não entrou no radar da polícia nem do empresário David Tipple, proprietário da Gun City. Pela internet, Tarrant comprou quatro armas utilizadas no ataque.

Tipple disse em entrevista coletiva que vendeu armas de categoria A e munição em três ou quatro operações separadas, verificadas pela polícia entre novembro de 2017 e março de 2018. "Não detectamos nada de extraordinário sobre o titular dessa licença de armas."

O proprietário negou que as armas semiautomáticas utilizadas no ataque estivessem entre as vendas.

A primeira compra aconteceu no mesmo mês no qual Tarrant obteve a permissão de armas das autoridades da Nova Zelândia para onde, segundo escreveu em um manifesto, tinha se mudado para treinar para o ataque.

Em comunicado, a Gun City mostrou seu "pleno apoio" ao anúncio da primeira-ministra, Jacinda Ardern, de propor uma emenda à lei de armas e ofereceu sua colaboração para "garantir que qualquer revisão e mudança de legislação evite outro incidente".

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