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Mundo

Austrália oferece refúgio para cidadãos de Hong Kong

Medida foi criticada por Pequim, que fala em interferência

9 jul 2020 - 08h28
(atualizado às 08h40)
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A Austrália anunciou nesta quinta-feira (09) uma série de medidas para oferecer refúgio para cidadãos de Hong Kong por conta da implementação da polêmica lei de segurança nacional pela China.

Mesmo com imposição da nova lei, cidadãos continuam a fazer protestos contra a China
Mesmo com imposição da nova lei, cidadãos continuam a fazer protestos contra a China
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Sydney anunciou a prorrogação por cinco anos dos vistos de quase 10 mil cidadãos do país que estão em seu território e a suspensão do acordo de extradição, além de emitir um aviso de viagem pedindo para que os australianos retornem por conta dos "riscos" da nova legislação.

Segundo o primeiro-ministro, Scott Morrison, as medidas foram tomadas porque a lei imposta pela China "constitui uma fundamental mudança de contexto" em Hong Kong.

Assim, o governo australiano é mais um a tomar medidas práticas após a entrada em vigor da legislação, o que ocorreu no dia 30 de junho. Além de Sydney, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá anunciaram sanções e medidas contra a China - e a França está estudando ações também.

Ao comentar as medidas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou que "os assuntos de Hong Kong são assuntos internos da China e ninguém tem o direito de interferir".

A polêmica nova lei inclui sete novos artigos na Lei Básica de Hong Kong, a pequena Constituição do território. Os pontos mais polêmicos tem a ver com as questões de secessão, traição, subversão e terrorismo, com a ampliação do rol de atos considerados "contra o Estado" - bem como o endurecimento das punições.

Além disso, Pequim já começou a instalar escritórios de segurança e inteligência no local. Esses órgãos não se submeterão às autoridades de Hong Kong, mas sim se reportarão diretamente para o governo chinês.

Para os governos estrangeiros, a legislação é uma forma de acabar com os protestos contra Pequim, que são realizados há anos, e minam a forma de governo do "um país, dois sistemas". 

Ansa - Brasil   
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