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Atordoados por massacre, estudantes dos EUA demandam leis mais rígidos sobre armas

18 fev 2018 - 16h31
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Atordoados pelo mais sangrento massacre da história em uma escola de ensino médio nos Estados Unidos, estudantes de diversas partes do país estavam se mobilizando neste domingo por leis mais duras contra armas, enquanto autoridades da Flórida avaliavam quando reabrir a escola.

Visão geral da escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas depois que a polícia retirou o perímetro de segurança em Parkland, Flórida. 18/02/2018. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Visão geral da escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas depois que a polícia retirou o perímetro de segurança em Parkland, Flórida. 18/02/2018. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Estudantes da escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas de Parkland, Flórida, onde um ex-aluno é acusado de assassinar 17 pessoas na quarta-feira, uniu forças nas redes sociais para planejar protestos, uma marcha em Washington e uma passeata nacional com o objetivo de atrair a atenção da população adulta que muitos dizem ter falhado em protegê-los.

"Sinto como se fosse a nossa hora de tomar uma atitude, porque, você sabe, somos nós nestas escolas, somos nós que temos atiradores entrando nas aulas e nos nossos espaços", disse Lane Murdock da escola de ensino médio Ridgefield, em Connecticut.

Murdock, de 15 anos que vive a 32 quilômetros da escola de ensino fundamental Sandy Hook onde 20 crianças e seis adultos foram mortos há cinco anos, conseguiu mais de 36 mil assinaturas em uma petição online no domingo de manhã chamando estudantes a saírem em protesto de suas escolas na terça-feira 20 de abril.

Em vez de ir às aulas, ela conclamou seus colegas estudantes a fazerem protestos no 19º aniversário do massacre da escola Columbine, no Colorado.

O massacre da semana passada na Flórida, que se seguiu a várias outras chacinas em escolas neste ano, inflamou o debate no país entre apoiadores de maior controle de armas e os que defendem a posse das armas.

O ex-aluno Nikolas Cruz, de 19 anos, enfrenta múltiplas acusações de assassinato sobre as mortes de 14 estudantes e três funcionários, e acusações sobre mais de uma dúzia de feridos, em um massacre que eclipsou Columbine como a pior matança em uma escola de ensino médio.

As acusações podem resultar na pena de morte, mas promotores ainda não disseram se vão pedir a punição.

Funcionários escolares no Condado de Broward disseram neste domingo que estavam tentando ter as equipes de volta ao campus da escola Douglas no fim da semana. O sistema de anúncios da escola não informou quando as aulas vão recomeçar.

Os alunos da Douglas planejam uma "Marcha por nossas vidas" em Washington no sábado 24 de março, para chamar atenção à segurança nas escolas e pedir a congressistas para aprovarem algum tipo de controle de armas.

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