Ativista Joshua Wong é condenado a nova prisão em Hong Kong
Jovem foi condenado por participar de ato por vítimas chinesas
O ativista pró-democracia em Hong Kong Joshua Wong foi condenado nesta quinta-feira (6) a mais 10 meses de prisão por ter participado de uma "vigília ilegal", ocorrida em 4 de junho de 2020, para relembrar o massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) na China.
Wong já está preso cumprindo outra pena, de um ano e cinco meses, por ter participado de das manifestações de 2019 - também não autorizadas pelo governo do território autônomo.
A vigília era realizada anualmente desde 1990, um ano depois do massacre que até hoje não tem os números reais conhecidos - fala-se em centenas ou milhares de vítimas. No entanto, com o aumento do controle do governo de Pequim em Hong Kong, as manifestações pela data foram proibidas pela primeira vez em 2020.
A polícia justificou a medida como uma forma de evitar a propagação da Covid-19, mas os opositores acusam o governo chinês de restringir as manifestações pró-democracia. Mesmo com a proibição, milhares de pessoas se reuniram para lembrar a data e dezenas foram presas.
A pena anunciada nesta quinta é resultado do julgamento finalizado no dia 30 de abril, onde o próprio Wong se declarou culpado de organizar o ato e assim reduziu em cinco meses a punição.
Outros 47 ativistas também respondem ao processo, que usa a polêmica lei de segurança nacional como base. Além de Wong, três deles foram condenados hoje: Lester Shum terá que cumprir seis meses; e Tiffany Yuen e Jannelle Leung precisarão cumprir quatro meses. Quase metade deles tem audiência marcada para 11 de junho. .