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EI reivindica ataque na França, sem fornecer provas

23 mar 2018 - 17h42
(atualizado às 17h57)
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Um homem armado matou três pessoas no sudoeste da França nesta sexta-feira ao roubar um carro, atirar contra policiais e fazer reféns em um supermercado, gritando "Allahu Akbar" antes de forças de segurança entrarem no prédio e ele ser morto, disseram autoridades.

Dezesseis outras pessoas ficaram feridas, incluindo duas em estado grave, no que o presidente Emmanuel Macron chamou de um ato de "terrorismo islâmico".

O grupo Estado Islâmico assumiu a autoria o ataque. Macron disse as forças de segurança estavam verificando essa reivindicação.

"Eu quero dizer ao país nesta noite sobre a minha absoluta determinação em liderar essa luta", disse Macron, que retornou de Bruxelas a Paris para comandar reunião de crise com ministros e autoridades de segurança.

Mais de 240 pessoas foram mortas na França em ataques desde 2015 por agressores com ligação ao Estado Islâmico, ou que foram inspirados pelo grupo militante.

Vista geral de supermercado alvo de ataque em Trèbes
 23/3/2018    REUTERS/Regis Duvignau
Vista geral de supermercado alvo de ataque em Trèbes 23/3/2018 REUTERS/Regis Duvignau
Foto: Reuters

O homem armado desta sexta-feira, identificado por autoridades como Redouane Lakdim, de 26 anos, da cidade de Carcassonne, gritou "Allahu Akbar" no supermercado na pequena cidade de Trèbes, onde duas de suas vítimas foram mortas.

Testemunhas disseram que cerca de 20 pessoas no supermercado se esconderam na sala de refrigeração. Um tenente-coronel que trocou de lugar com um dos reféns estava lutando pela vida no hospital, disse Macron.

Ladkim, nascido no Marrocos, era conhecido pelas autoridades como um pequeno criminoso, mas estava sob vigilância dos serviços de segurança em 2016 e 2017 por supostas conexões com o movimento salafista radical, disse o promotor parisiense François Molins, que lidera a investigação.

"O monitoramento ... não revelou nenhum sinal aparente que pudesse levar (a gente) a prever que ele agiria", declarou Molins, acrescentando que uma mulher ligada a Lakdim foi presa.

O ministro do Interior, Gerard Collomb, disse a repórteres no local acreditar que o agressor tenha agido sozinho. "Todo dia nós detectamos fatos e frustramos novos ataques. Infelizmente, esse aconteceu sem que nós pudéssemos confrontá-lo", disse Collomb.

Ladkim primeiro matou uma pessoa com um tiro na cabeça ao roubar um carro em Carcassonne, uma cidade murada com uma cidadela medieval que é uma das principais atrações turísticas da França.

Ele encostou com o carro em quatro policiais que estavam praticando corrida pela cidade, abriu fogo atingindo um no ombro e então dirigiu a Trèbes, cerca de oito quilômetros a leste, onde ele fez os reféns no supermercado.

"O agressor entrou na loja gritando 'Allahu Akbar' e indicou que era um soldado do Estado Islâmico que estava pronto para morrer pela Síria, buscando a libertação dos irmãos, antes de atirar em um cliente e um funcionário da loja que morreram no local", disse o promotor Molins.

A polícia estava fazendo buscas na casa da família de Ladkim.

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