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Mundo

Ataques em Zaporizhzhia ficaram 'a metros' de reatores nucleares

Aiea fará inspeções emergenciais nesta segunda-feira

21 nov 2022 - 11h01
(atualizado às 11h10)
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Os ataques registrados durante o fim de semana na área da central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, ficaram a "metros" de distância dos reatores, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) nesta segunda-feira (21).

Zaporizhzhia é alvo de ataques desde o fim de fevereiro
Zaporizhzhia é alvo de ataques desde o fim de fevereiro
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Mesmo que não tenha ocorrido um impacto direto nos principais sistemas de segurança nuclear na planta, os bombardeios se aproximaram perigosamente disso. Estamos falando de metros, não de quilômetros", disse o diretor-geral da agência ligada à ONU, Rafael Grossi.

Conforme o líder da Aiea, as cerca de 10 explosões foram as mais intensas dos últimos meses. Por conta disso, funcionários do órgão que estão na região vão realizar uma inspeção de emergência para verificar como está a situação real da maior central nuclear da Europa.

Grossi ainda revelou que está fazendo consultas com chefes de Estado mundiais para chegar a um acordo para a criação de uma zona de segurança na área da planta nuclear, algo que é solicitado há meses pela instituição.

E, como vem ocorrendo desde os primeiros ataques no fim de fevereiro, Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre a autoria das ações militares.

O conselheiro do Ministério da Defesa de Kiev, Yuriy Sak, afirmou à emissora britânica "BBC" que "o bombardeio da central nuclear de Zaporizhzhia é a tática russa para interromper o fornecimento de energia aos ucranianos".

"Os ataques do fim de semana equivalem a uma campanha genocida para privar os cidadãos da eletricidade e fazer congelar os ucranianos de frio até a morte. Como os russos não estão ganhando mais nada no campo de batalha, estão buscando desesperadamente uma maneira de obter aquilo que chamam uma pausa operacional. Mas, da nossa parte, não haverá nenhuma pausa', disse Sak.

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ressaltou que todos os países devem usar a sua influência para fazer com que "o exército ucraniano pare de bombardear a central nuclear de Zaporizhzhia".

Apesar de estar em território ucraniano e ser ainda operada por funcionários locais, Zaporizhzhia está sob controle militar russo desde o início de março deste ano. Os dois reatores que estavam em funcionamento - dos seis disponíveis - foram desligados por conta dos constantes ataques ao local. .

Ansa - Brasil   
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