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Assange aciona justiça no Equador contra novos termos de asilo em embaixada

19 out 2018 - 17h03
(atualizado às 17h27)
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Julian Assange, fundador do WikiLeaks, entrou na justiça no Equador contestando os novos termos de seu asilo na embaixada da nação andina em Londres, segundo os quais ele tem que pagar por suas contas de médico e telefone e limpar a sujeita de seu gato, disse seu advogado nesta sexta-feira.

Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada do Equador em Londres 19/05/2017 REUTERS/Peter Nicholls
Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada do Equador em Londres 19/05/2017 REUTERS/Peter Nicholls
Foto: Reuters

Neste mês, o Equador criou um novo protocolo para sua estadia na embaixada. O advogado Baltasar Garzón disse em uma coletiva de imprensa em Quito que as regras foram elaboradas sem consultar o cidadão australiano, que processou o ministro de Relações Exteriores, José Valencia, em um tribunal de Quito para que elas sejam alteradas.

Assange não tem acesso à internet desde que a conexão foi cortada em março, acrescentou Garzón, apesar de um comunicado do WikiLeaks dizendo que ela foi religada.

"Ele está sendo mantido em condições desumanas há mais de seis anos", disse Garzón. "Até pessoas que estão presas têm telefonemas pagos pelo Estado", acrescentou, descrevendo as obrigações relativas ao gato como "degradantes".

A Reuters não conseguiu obter comentários de Valencia, que Garzón disse ter sido citado no processo por servir como intermediário entre Assange e o governo equatoriano.

O Ministério de Relações Exteriores não quis comentar.

A estadia de Assange se tornou um aborrecimento crescente para o presidente do Equador, Lenín Moreno, que disse que o asilo não pode ser eterno, mas vem relutando em expulsá-lo da embaixada por temer por seus direitos humanos.

Assange acredita que seria entregue aos Estados Unidos para ser processado devido à publicação de centenas de milhares de documentos militares e diplomáticos confidenciais no WikiLeaks.

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