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Ásia

Procurador especial sobre ingerência russa investiga genro de Trump

15 jun 2017 - 22h17
(atualizado em 16/6/2017 às 10h42)
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O procurador especial designado para investigar a suposta ingerência da Rússia nas eleições de novembro do ano passado nos Estados Unidos está analisando os negócios de Jared Kushner, genro e assessor do presidente Donald Trump, informou nesta quinta-feira o jornal "The Washington Post".

Robert Mueller, escolhido pelo vice-procurador-geral dos EUA, Rod Ronsenstein, em 17 de maio para investigar também a possível coordenação da campanha de Trump com a Rússia para influenciar o resultado eleitoral, está examinando os negócios de Kushner e suas finanças.

Ao mesmo tempo, a equipe do procurador especial está investigando os negócios de outros assessores do presidente: o ex-conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn; o ex-chefe de campanha de Trump, Paul Manafort; e o assessor de campanha, Carter Page.

As indagações sobre seu genro são significativas porque se aproximam do circulo mais próximo a Trump e examinam um grande entrecruzado de negócios que Kushner, um multimilionário do setor imobiliário, teceu durante anos.

O "Post" conseguiu confirmar que o FBI (polícia federal americana) está investigando os negócios de Kushner depois que, em dezembro do ano passado, este se reuniu com o embaixador russo nos EUA, Serguei Kysliak, e o banqueiro russo Serguei Gorkov.

Fontes de inteligência consultadas pelo jornal de Washington asseguraram, com base na versão do embaixador russo, que Kushner sugeriu a abertura de um canal de comunicação discreto para tratar as relações bilaterais.

A Casa Branca diminuiu a importância dessa reunião e de outra posterior com Gorkov, presidente do banco estatal Vnesheconombank, e as qualificou de meras formalidades no papel de assessor em temas de assuntos exteriores de Kushner.

O Vnesheconombank está submetido a sanções por parte dos Estados Unidos, enquanto Kysliak está no centro da polêmica suposta ingerência russa nas eleições por ter se reunido com, pelo menos, quatro assessores próximos a Trump durante a campanha ou a etapa de transição à presidência.

A equipe de Mueller ainda está nas fases iniciais das indagações, mas poderia, se considerar necessário, apresentar acusações contra Kushner.

Trump tachou de hoje "caça às bruxas" as investigações sobre a possível ingerência russa nas eleições de novembro, que a comunidade de inteligência considera provada, e a coordenação da sua campanha com o Kremlin, algo que ainda não foi dotado de evidencias.

EFE   
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