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Ásia

Número de mortos em desabamento em Bangladesh chega a 405

1 mai 2013 - 08h37
(atualizado às 08h48)
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O governo de Bangladesh defendeu nesta quarta-feira uma melhora nas relações entre trabalhadores e patrões uma semana depois do trágico desabamento de um edifício com fábricas têxteis que segundo o último boletim deixou 405 mortos.

De acordo com o jornal local The Daily Star, os serviços de resgate recuperaram nas últimas horas 17 corpos entre os escombros na cidade de Savar, próxima da capital Dacca, onde aconteceu o acidente. Outras 149 pessoas continuam desaparecidas, explicou o general do Exército bengalês Chowdhry Hassan Suharwardy. As autoridades não encontraram sobreviventes nos dois últimos dias.

O número de trabalhadores que conseguiram se salvar foi de 2.437. De acordo com fontes militares, ainda pode demorar entre 12 e 15 dias para a retirada total dos escombros.

O desastre voltou a evidenciar as más condições trabalhistas e de segurança que sofrem os trabalhadores de fábricas têxteis no país asiático, que abastece multinacionais ocidentais.

Por ocasião da comemoração do Dia Internacional do Trabalho nesta quarta-feira, a primeira-ministra bengalesa, Sheikh Hasina, disse que era preciso melhorar as condições de vida dos empregados do país.

"Temos que aplicar programas para melhorar as relações entre os trabalhadores e os proprietários. Devemos criar um meio trabalhista mais seguro", disse Hasina.

A polícia prendeu no domingo o dono do edifício e antes já havia detido três proprietários de fábricas que funcionavam no local e dois engenheiros. O empresário espanhol David Maior, diretor-geral da Phantom-Tac, uma das fábricas têxteis do edifício, é procurado pelas forças da ordem bengalesas.

A União Europeia anunciou ontem que está considerando "ações apropriadas" para promover uma maior "responsabilidade" em relação aos produtos comercializados fabricados em países em desenvolvimento.

Nos últimos cinco meses, ocorreram dois incêndios em Bangladesh em imóveis que abrigavam fábricas têxteis nas quais também se produziam roupas para companhias estrangeiras.

EFE   
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