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Mundo

Às vésperas do Sínodo, manifestantes protestam no Vaticano

Ato ocorre perto da praça São Pedro e reúne pessoas de todo país

5 out 2019 - 14h30
(atualizado às 15h18)
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Um dia antes da abertura do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, um grupo de aproximadamente 500 pessoas realiza um protesto contra a cúpula religiosa próximo à praça de São Pedro, no Vaticano, informaram os organizadores do ato neste sábado (5).

Às vésperas do Sínodo, manifestantes protestam no Vaticano
Às vésperas do Sínodo, manifestantes protestam no Vaticano
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    A manifestação acontece no Largo Giovanni XXIII e reúne pessoas de toda a Itália rezando um rosário "para a Igreja" e apresentando uma lista de pedidos com 10 pontos. O ato foi organizado em uma página nas redes sociais. Alguns dos presentes ressaltaram os escândalos de pedofilia e financeiro enfrentados pela Igreja Católica, além da "confusão, a partir do instrumento de trabalho do Sínodo, que abrirá uma discussão sobre o celibato dos padres". A proposta que prevê a ordenação de homens casados, preferivelmente indígenas, como padres na Amazônia, que sofre com a escassez de sacerdotes, é um dos principais pontos questionados pela ala conservadora do clero.

    Entre os ativistas estão representantes de associações ligadas a movimentos para a vida do país europeu e o jornalista italiano Aldo Maria Valli, dono de um blog crítico ao Papa Francisco.

    "Sentimos entre amigos nos perguntamos: o que podemos fazer pela Igreja? A resposta foi: orar", explica a iniciativa. Nem bispos e cardeais participam do evento. As meditações seguidas de uma oração do rosário são extraídas dos escritos do papa Bento XVI e do cardeal Carlo Caffarra, que morreu há dois anos. Os manifestantes rezam para que a Igreja "dê seus santos como exemplo aos fiéis" e não "Martin Luther ou Emma Bonino", afirmam os presentes, ressaltando que os cristãos perseguidos ou católicos chineses estão nos holofotes. Além disso, o grupo também faz um apelo para que "o amor à Criação não seja mais confundido com o ecologismo pagão e panteísta".

    Durante três semanas, sacerdotes do mundo inteiro se reunirão no Vaticano para debater novas formas de evangelizar os povos indígenas e de reforçar a presença da Igreja Católica na região Pan-Amazônica. A cúpula religiosa, no entanto, está sob ataque das alas mais conservadoras do clero.

Ansa - Brasil   
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