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Após "luz de alerta", premiê britânico suspende relaxamento de isolamento

31 jul 2020 - 16h17
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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, adiou nesta sexta-feira o relaxamento do isolamento de coronavírus planejado para a Inglaterra depois que um aumento de infecções amplificou o temor de um segundo surto de Covid-19.

Premiê britânico, Boris Johnson, em Northallerton
30/07/2020 Charlotte Graham/Pool via REUTERS
Premiê britânico, Boris Johnson, em Northallerton 30/07/2020 Charlotte Graham/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Poucas horas depois de o Reino Unido adotar medidas mais rígidas em partes do norte inglês, Johnson anunciou que cassinos, pistas de boliche e ringues de patinação continuarão fechados e que festas de casamento terão que ser canceladas.

"Agora estamos vendo uma luz de alerta no painel", disse Johnson aos repórteres em uma coletiva de imprensa virtual em Downing Street quando indagado sobre um segundo surto do vírus que já matou mais de 55 mil pessoas no território britânico.

"Nossa avaliação é que agora deveríamos pisar no pedal do freio para manter o vírus sob controle."

A suspensão abrupta do afrouxamento e a imposição de restrições mais severas a mais de 4 milhões de pessoas foram a maior reversão na trajetória britânica de saída do isolamento até agora.

No momento em que o mundo encara a conclusão aterradora de que pode estar enfrentando uma segunda onda de Covid-19, Johnson disse que o vírus está acelerando na Ásia e na América Latina e que a Europa continental está tendo dificuldade para mantê-lo em xeque.

O vírus, que surgiu na China, já matou mais de 670 mil pessoas e fez parcelas da economia global rumarem para um colapso.

Cientistas britânicos não acreditam mais que o número de reprodução do coronavírus na Inglaterra esteja abaixo de 1, disse o governo nesta sexta-feira, e um estudo mostrou que as infecções estão em alta pela primeira vez desde maio.

Chris Whitty, principal autoridade médica inglesa, disse, ao lado de Johnson, que o governo provavelmente atingiu os limites de reativação da economia e da sociedade sem criar um número crescente de infecções.

"Todos nós sabemos que o que temos que tentar fazer é chegar ao limite absoluto do que podemos fazer em termos de abrir a sociedade e a economia sem chegar ao ponto de o vírus começar a decolar novamente", disse.

"Provavelmente chegamos perto dos limites, ou aos limites, do que podemos fazer em termos de abrir a sociedade".

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