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Após eleições na Itália, UE se preocupa com avanço populista

Italianos elegeram voto antissistema neste domingo (4)

5 mar 2018 - 07h13
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Após as eleições legislativas na Itália terem como protagonista o voto antissistema, a União Europeia (UE) vê sua estabilidade à prova. Apesar de não serem aliados, o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga Norte devem conquistar quase metade dos assentos no Parlamento. Com isso, as forças pró- europeias, por si só, não são uma maioria, o que sinaliza um forte avanço das forças eurocéticas. A ascensão da extrema-direita havia "escapado" em meados de 2017 com as derrotas de Geert Wilders, na Holanda, e da candidata Marine Le Pen, na França. Ontem (4), o que era outra preocupação para a UE se tornou um alívio. Os membros do partido social-democrata alemão aprovaram por ampla maioria uma aliança com Angela Merkel, o que garantiu um quarto mandato para a chanceler. O golpe para Bruxelas, no entanto, veio dos italianos. Um cenário que poderia desafiar o caminho alcançado até agora pela Itália na União e abrir uma fenda na Europa.

    "A União Européia terá uma noite ruim ...", observou Le Pen após a divulgação das primeiras pesquisas.

    A imprensa, por sua vez, vê um "Parlamento suspenso" e uma Itália sem maioria.

    As consequências para o futuro da União são evidentes: junto com a Alemanha e a França, a Itália desempenha um papel fundamental na construção aberta de reformas, da Zona Euro ao novo Tratado de Dublin. Afastar-se do eixo franco-alemão poderia inexoravelmente empurrar a UE para o isolamento.

Ansa - Brasil   
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