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Após confusão, Guaidó jura de novo como presidente interino

Oposição e chavismo disputam o comando da Assembleia Nacional

7 jan 2020 - 17h35
(atualizado às 17h53)
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O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, que havia sido impedido de ingressar na sede da Assembleia Legislativa, em Caracas, prestou nesta terça-feira (7) novo juramento como chefe de Estado interino, em sessão acompanhada apenas pela oposição.

Juan Guaidó força entrada na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas
Juan Guaidó força entrada na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O episódio é mais um desdobramento da crise na Venezuela, que há um ano está dividida entre dois presidentes. No último domingo (5), chavistas haviam se reunido na Assembleia Legislativa para proclamar o deputado Luis Parra como novo mandatário do Parlamento, mas a oposição diz ter sido barrada por militares.

Já nesta terça, Guaidó voltou a tentar entrar na Assembleia e chegou a ser bloqueado pela Guarda Nacional Bolivariana, mas, após cerca de uma hora de confusão, conseguiu acessar o edifício à força. Em seguida, jurou novamente como presidente interino.

"Em nome daqueles que não têm voz, das mães que choram por seus filhos, dos professores que lutam, dos enfermeiros, dos estudantes, dos prisioneiros políticos, em nome da Venezuela, juro cumprir os deveres de presidente encarregado e encontrar soluções para a crise", declarou Guaidó.

O opositor se autoproclamou presidente em janeiro passado, por considerar ilegítima a última eleição do mandatário chavista Nicolás Maduro - neste caso, o cargo seria ocupado pelo chefe da Assembleia Nacional. A sessão parlamentar desta terça-feira ocorreu no escuro por causa de um blecaute.

O comando do Parlamento seria renovado no último fim de semana, e a oposição, maioria na Casa, alega ter sido impedida de participar da votação pelas forças chavistas. Ao saírem da Assembleia nesta terça, Guaidó e seus aliados ainda foram alvos de gás lacrimogêneo.

A disputa pelo comando do Parlamento marca uma nova queda de braço entre o chavismo e a oposição, que há um ano dividem o país e não conseguem manter negociações que levem ao fim das disputas. A paralisia política estrangulou a já combalida economia venezuelana e também provocou a mais grave crise de refugiados na América Latina nos últimos anos.

Ansa - Brasil   
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