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Apoio a presidente chileno Piñera despenca após onda de protestos

27 out 2019 - 16h29
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O apoio ao presidente chileno, Sebastián Piñera, caiu a um mínimo de 14%, segundo pesquisa da empresa Cadem realizada em meio a uma onda de protestos contra o governo e seu modelo econômico, divulgada neste domingo.

Trata-se do menor nível de aprovação para um presidente chileno desde a volta da democracia, em 1990. O mínimo anterior, de 18% de aprovação, havia sido registrado em 2016 pela então presidente socialista Michelle Bachelet, de acordo com a Cadem.

A desaprovação do governo de Piñera saltou para 78%, segundo os dados do levantamento, que foram divulgados pelo jornal La Tercera.

O Chile foi abalado nesta semana pela maior revolta social desde o fim da ditadura (1973-1990). Nos protestos, a multidão pede a implantação de um modelo econômico mais justo, a ampliação do acesso a serviços de saúde e uma educação pública de qualidade.

Os manifestantes também pedem a renúncia de Piñera e de seu ministro do Interior, Andrés Chadwick, que são questionados por terem decretado um estado de emergência que entregou a segurança pública nas mãos dos militares. A capital Santiago ficou uma semana sob toque de recolher.

Os protestos resultaram em ao menos 17 mortes, e 6 mil pessoas foram presas, de acordo com o Ministério Público chileno, que investiga denúncias sobre o uso excessivo da força na repressão aos manifestantes. Uma missão de direitos humanos da ONU deve visitar o Chile nesta semana para averiguar as denúncias.

Os resultados da pesquisa, realizada entre quarta e quinta-feira deste semana, antes de uma passeata na sexta que levou mais de 1 milhão de pessoas às ruas, foram divulgados enquanto se aguarda que Piñera nomeie um novo gabinete ministerial após ter pedido, no sábado, a renúncia de todos os seus ministros.

Antes de anunciar a saída de seus ministros, Piñera havia recuado de uma alta nas tarifas do metrô de Santiago e proposto um pacote de medidas, na tentativa de apaziguar os ânimos, entre as quais um aumento nas aposentadoria e no salário mínimo e a melhoria no acesso a saúde.

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