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Apelação absolve enfermeira italiana acusada de matar 10 pessoas

Bonino teve prisão perpétua revertida e cumprirá só 18 meses

24 jan 2022 - 12h35
(atualizado às 12h50)
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A Corte de Apelação de Florença absolveu nesta segunda-feira (24) a enfermeira italiana Fausta Bonino da acusação de homicídio múltiplo na morte de 10 pacientes do hospital de Piombino, em Livorno.

Fausta Bonino teve apenas mantida a pena por receptação de medicamentos hospitalares
Fausta Bonino teve apenas mantida a pena por receptação de medicamentos hospitalares
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A profissional de 58 anos havia sido condenada em primeira instância à prisão perpétua por quatro dos 10 óbitos ocorridos entre 2014 e 2015.

Os juízes apenas mantiveram a pena de um ano e meio de prisão, mas de maneira suspensa, por receptação. Quando Bonino foi presa, em março de 2016, os policiais encontraram medicamentos do hospital dentro de sua residência. Mas, como a pena está suspensa, a enfermeira só seria presa em caso de reincidência.

Segundo os magistrados, a profissional da saúde foi absolvida "porque o fato não existe". A decisão foi contrária ao pedido do Ministério Público, que queria que a segunda instância aumentasse a quantidade de crimes que ela cometeu - de responsável por quatro para nove mortes.

As motivações completas dos juízes não foram divulgadas, mas é provável que a Procuradoria recorra da decisão.

"Ainda não acredito. Eles não podiam me acusar de algo por conta das histórias inventadas por alguém, não havia outra saída", disse em lágrimas Bonino após o anúncio do veredito.

O caso da enfermeira de Piombino ganhou ampla repercussão na Itália em 2016 após ser revelada uma investigação sobre a morte suspeita de 13 pacientes entre os anos de 2014 e 2015.

Todos os hospitalizados tinham entre 61 e 88 anos e foram internados por problemas simples, como ossos quebrados, mas não sobreviveram à internação enquanto esperavam por anestesia.

As autópsias revelaram que haviam doses de heparina, um anticoagulante, em quantidades até 10 vezes maiores do que as normais nos corpos das vítimas.

Bonino trabalhava há 20 anos no hospital e chegou a ser presa após a revelação do caso, mas foi colocada para responder em liberdade cerca de um mês depois da detenção. .

Ansa - Brasil   
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