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Ancestral 'fantasma' do ser humano é descoberto na África

Criaturas humanas arcaicas podem ter convivido com os primeiros seres humanos na África Ocidental, dizem cientistas

14 fev 2020 - 16h30
(atualizado às 17h13)
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A história da evolução humana está se tornando mais complexa do que esta imagem indica
A história da evolução humana está se tornando mais complexa do que esta imagem indica
Foto: Science Photo Library / BBC News Brasil

Uma misteriosa "população fantasma" de antigas criaturas que viveram há meio milhão de anos pode ter convivido e procriado com os primeiros humanos que viveram na África Ocidental, dizem cientistas.

Pesquisadores apontam que o DNA desse grupo representa entre 2% e 19% da ancestralidade genética dos africanos ocidentais modernos.

Os autores do estudo publicado na revista Science Advances nesta semana acreditam que o cruzamento entre espécies ocorreu cerca de 43 mil anos atrás.

Os cientistas encontraram ligações com os povos mende, de Serra Leoa, iorubá e esan, na Nigéria, além de outros grupos nas áreas ocidentais de Gâmbia.

Cruzamento entre espécies

A pesquisa diz que os ancestrais dos africanos ocidentais modernos cruzaram com uma espécie de humano arcaico ainda não descoberta, semelhante à forma como os europeus antigos acasalaram com os neandertais e as populações oceânicas, com os hominídeos de Denisova.

Centenas de milhares de anos atrás, havia vários grupos diferentes de humanos, incluindo humanos modernos, neandertais e hominídeos de Denisova. Ao se encontrarem uns com os outros, eles podem ter acasalado.

Novas descobertas ainda estão por vir, diz pesquisador

DNA de grupo 'fantasma' representa entre 2% e 19% da ancestralidade genética dos africanos ocidentais modernos
DNA de grupo 'fantasma' representa entre 2% e 19% da ancestralidade genética dos africanos ocidentais modernos
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Os pesquisadores da UCLA disseram que "embora vários estudos tenham revelado contribuições de linhagens profundas para a ancestralidade dos africanos atuais, a natureza dessas contribuições permanece pouco compreendida", porque os registros fósseis na África são escassos, o que torna mais difícil obter amostras de obter DNA antigo.

No entanto, Sriram Sankararaman, biólogo computacional que liderou a pesquisa na Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, disse ao programa Newsday, da BBC, acreditar que mais grupos desse tipo serão encontrados no futuro, o que nos ajudará a entender melhor como o ser humano se desenvolveu.

"À medida que obtivermos mais dados de diversas populações — e dados de melhor qualidade —, nossa capacidade de filtrar esses dados e identificar essas populações fantasmas vai melhorar", afirmou Sankararaman.

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