Crise na Venezuela

Consideradas ilegítimas por diversos países, as eleições venezuelanas que ocorreram em 2018, e a vitória de Nicolás Maduro, geraram uma crise política dentro do país da América Latina

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Grupo Lima

Composto por 13 integrantes, entre eles o Brasil, o Grupo Lima, no dia 04 de janeiro deste ano, expediu um comunicado em que não reconhecia Nicolás Maduro como o novo presidente da Venezuela. O motivo teria sido que, segundo a organização, as eleições venezuelanas do ano passado teriam sido ilegais. O Grupo Lima foi criado com a intenção de pressionar Caracas a fazer reformas democráticas.

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Oposição forte

No início do mês, o deputado Juan Guaidó assume a presidência da Assembleia Nacional da Venezuela, considerada a última instância governada pela oposição ao governo de Maduro no país.

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Posse

Mesmo sendo considerado um presidente ilegítimo pelo Grupo Lima e pela oposição, Nicolás Maduro assumiu o cargo máximo do Executivo no dia 10 deste mês.

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Guaidó é preso

Três dias após a posse de Maduro, no dia 13 deste mês, agentes do Serviço de Inteligência Bolivariana (Sebin) prenderam e liberaram logo em seguida o líder da oposição Juan Guaidó. Acredita-se que a ação foi uma espécie de retaliação do governo após Guaidó ter afirmado na sexta-feira anterior à sua detenção que poderia assumir a presidência de maneira interina, já que não considerava o governo de Maduro legítimo.

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"Usurpador"

No dia 15, dois após a prisão de Guaidó pela Sebin, o Congresso da Venezuela chamou Nicolás Maduro de "usurpador" por ter assumido a presidência, segundo eles, de forma ilegítima, já que as eleições de 2018 se mostraram fradulentas.

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Guaidó se declara presidente interino

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, e líder da oposição, uma semana após o Congresso declarar que Maduro é um "usurpador", prestou juramento para assumir a Venezuela como seu presidente interino.

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Protestos se iniciam

Na onda de Guaidó e da oposição, grupos se reuniram para protestar contra a legitimidade de Nicolás Maduro no cargo de presidente da Venezuela. Os protestos começaram na última quarta-feira (23) de maneira pacífica.

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Apoio dos EUA

Após ação de Guaidó, o Secretário de Estados norte-americano, Mike Pompeo, apoiou a ação do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, a qual julgou como "corajosa" e ainda defendeu um governo de transição no país para que a Venezuela possa ter uma eleição "livre e justa".

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Apoio do Brasil

O Itamaraty, comandado pelo ministro Ernesto Araújo, compactou com o apoio expressado por Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA. Em nota, o órgão de relações exteriores disse que reconhecia Guaidó como o presidente interino da Venezuela e que apoiará o processo de transição para a democracia.

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A favor

Na mesma linha que os EUA e o Brasil, outros países e organizações mundiais se colocaram a favor do líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó. A União Europeia, o Grupo Lima, que abriga Canadá, Peru, Argentina, Colômbia, Chile e outros 13 países, foram alguns dos que ficaram contra o governo Maduro.

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Contra

Ao mesmo tempo em que alguns países apoiaram Guaidó, outros saíram em defesa de Maduro. Foi o caso da China e da Rússia, assim como as Forças Armadas e a Suprema Corte da Venezuela. Turquia, México, Bolívia e Cuba também participam do bloco de países pró-Maduro.

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Maduro contra-ataca

Em face dos protestos contra sua legitimidade no poder, e o apoio de diversos países ao líder da oposição, Juan Guaidó, Maduro anunciou na última quarta-feira (23) o rompimento das relações diplomáticas e políticas com os EUA, acusando o país governado por Trump de "intervencionista". No comunicado, ele deu 72h para que diplomatas norte-americanos saíssem do país.

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EUA rebatem

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, retornou a falar sobre a Venezuela após Maduro ter rompido as relações diplomáticas com os Estados Unidos. Em seu discurso, Pompeo disse que o governo americano não irá retirar seus diplomatas da Venezuela, já que não o considera como o representante legítimo do país.

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Maduro discursa

Na última quarta-feira (23), Nicolás Maduro foi até a sacada do Palácio Miraflores, sede do governo em Caracas, na Venezuela, para discursar para manifestantes favoráveis a sua permanência no poder. O venezuelano disse que se manterá firme contra o "golpe de estado" e a "guerra econômica" que a oposição e outros países estão tentando implantar.

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Protestos ficam violentos

Aos poucos, conforme os ânimos políticos foram se acirrando, tanto a favor de Maduro, quanto apoiando a oposição de Guaidó, os protestos na Venezuela passaram a ficar mais violentos. Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social, entre a última terça-feira (22) e esta quinta-feira (24), 23 pessoas morreram e 218 foram presas.

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