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Amigos e familiares homenageiam Khashoggi em cerimônias na Arábia Saudita e na Turquia

16 nov 2018 - 14h16
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Amigos e familiares de Jamal Khashoggi fizeram, nesta sexta-feira, orações fúnebres na Arábia Saudita e na Turquia em homenagem ao jornalista saudita assassinado por agentes de seu próprio governo, em um caso que tem provocado indignação global e desencadeado uma crise no reino.

Pessoas segurando cartazes com a foto do jornalista saudita Jamal Khashoggi durante funeral simbólico em Istambul
16/11/2018 REUTERS/Huseyin Aldemir
Pessoas segurando cartazes com a foto do jornalista saudita Jamal Khashoggi durante funeral simbólico em Istambul 16/11/2018 REUTERS/Huseyin Aldemir
Foto: Reuters

O procurador-geral da Arábia Saudita disse na quinta-feira que pedirá a pena de morte para cinco suspeitos do assassinato, cometido dentro do consulado do país em Istambul no dia 2 de outubro. Os suspeitos não foram identificados, mas ao menos dois são autoridades graduadas com ligação próxima ao príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

Em uma medida incomum contra um importante parceiro econômico e de segurança, o Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções econômicas contra 17 sauditas, incluindo Saud al-Qahtani, ex-principal assessor do príncipe herdeiro.

Riad continua a afirmar que o príncipe Mohammed não teve nenhuma relação com o assassinato, embora a Turquia e alguns aliados do Ocidente, incluindo o presidente norte-americano, Donald Trump, tenham dito que a responsabilidade final é dele, como o governante de fato do país.

Mudanças na versão saudita do assassinato, incluindo negações iniciais, têm provocado ceticismo no exterior.

Dezenas de milhares de fiéis se reuniram na Grande Mesquita de Meca e na Mesquita Profeta, em Medina, cidade natal de Khashoggi, para rezar pelo jornalista, embora os imãs não tenham dito seu nome.

Em Istambul, muitos elevaram suas mãos durante orações do lado de fora da Mesquita Fatih. Um imã recitou versos do Alcorão sob uma tenda montada para protegê-los da chuva, e amigos de Khashoggi fizeram discursos sobre o jornalista.

"O que escutamos ontem do procurador-geral saudita não é a justiça que estávamos esperando ou aguardando, mas representa a própria injustiça", disse Ayman Nour, um político egípcio.

A tradição islâmica dá grande importância ao tratamento adequado dos mortos, exigindo um rápido enterro. A revelação de que o corpo de Khashoggi foi desmembrado foi, portanto, particularmente perturbadora.

A decisão de realizar cerimônias fúnebres sem o corpo sugere que a família não tem mais a esperança de recuperá-lo.

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