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América Latina

Venezuela: governo confirma nove mortos em protestos após eleição

24 abr 2013 - 17h04
(atualizado às 17h19)
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Em Caracas, partidários do líder da oposição Henrique Capriles enfrentam a polícia durante manifestações pedindo a recontagem dos votos da eleição  (foto de 15 de abril)
Foto: Christian Veron / Reuters

Nove pessoas morreram, entre elas duas crianças, e 78 ficaram feridas durante protestos de opositores na semana passada desencadeados pela vitória do presidente Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira a Procuradoria venezuelana.

"Temos até agora nove pessoas falecidas e 78 pessoas feridas", disse a procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, que apresentou um registro dos atos de violência registrados após as eleições de 14 de abril, vencidas pelo herdeiro político de Hugo Chávez com uma pequena vantagem de 1,8 ponto percentual.

Depois que o organismo eleitoral apresentou os resultados das eleições, não reconhecidos pelo opositor Henrique Capriles, "foram feitas convocações por meio de alguns meios de comunicação, de redes como Twitter e outras, por meio de mensagens diretas e subliminares, incitando os cidadãos a agir nas ruas", disse a procuradora. Essas convocações "levaram um setor da população a agredir o outro setor (...) com a falsa crença de que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) não estava sendo imparcial", explicou.

A Assembleia Nacional (AN, de maioria governista) instaurou nesta quarta uma comissão que investigará "em todo o território nacional" os fatos ocorridos para determinar os danos materiais e seus responsáveis, explicou o deputado Pedro Carreño, presidente da comissão da Controladoria, que acusou Capriles.

"O protesto é o oxigênio da democracia, mas o protesto saudável, pacífico, da rua, que não busca agredir. Mas daí a acreditar que uma pessoa que vai à rua para protestar com armas de fogo, gasolina, pedras, morteiros, pregos fixados a artefatos explosivos, seja um protesto pacífico?", afirmou Ortega Díaz.

Dos nove mortos, a procuradora destacou as mortes de duas crianças de 11 e 12 anos mortas no estado de Zulia, quando um grupo de chavistas foi atropelado por um caminhão em "uma ação carregada de ódio". Outros atos ocorreram, segundo Ortega Díaz, no leste de Caracas e nos estados de Sucre (leste), Barinas (sudoeste), Carabobo (centro-norte), Mérida e Táchira (oeste).

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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