Um policial da Guarda Nacional Bolivariana e um motociclista foram mortos em um confronto com manifestantes de oposição que montaram uma barricada ao longo de uma avenida em Caracas, disse nesta quinta-feira o vice-presidente do governista Partido Socialista.
Segundo as autoridades, o incidente que provocou as mortes ocorreu quando um grupo de motoqueiros tentava desmontar uma barricada que obstruía as ruas há dias.
Testemunhas assinalaram que os disparos surgiram do grupo de manifestantes opositores. No entanto, o presidente da Assembleia Nacional e número dois do chavismo, Diosdado Cabello, atribuiu as mortes a "franco-atiradores".
Manifestantes que exigem a renúncia do presidente Nicolás Maduro têm realizado protestos e montado barricadas há semanas, resultando em confrontos com as forças de segurança e com apoiadores do governo. Ao menos 20 pessoas morreram.
Tropas foram convocadas ao bairro de Los Ruices, no leste de Caracas, na quinta-feira, e usaram gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar centenas de manifestantes que estavam em uma barreira ao longo de uma avenida bastante movimentada.
"Fomos informados que um motociclista foi morto por um atirador", disse Diosdado Cabello em entrevista coletiva sobre outro assunto na Assembleia Nacional. "E um membro da Guarda Nacional também foi morto no mesmo lugar por um atirador."
O prefeito de Sucre, onde aconteceram as mortes, disse via Twitter que um membro da Guarda Nacional havia morrido. Autoridades não responderam a pedidos por informações sobre como o soldado foi morto e detalhes adicionais sobre o incidente.
Na quarta-feira, Maduro pediu aos grupos pró-governo conhecidos como "coletivos", que são descritos por líderes de oposição como paramilitares, para quebrar barricadas montadas por manifestantes principalmente em bairros prósperos.
Com informações da Reuters e AFP.
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