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América Latina

Tio de Guaidó é preso por autoridades venezuelanas após voo

Juan Jose Marquez viajava com o sobrinho foi preso "por trazer substâncias proibidas", segundo o vice-presidente do Partido Socialista

13 fev 2020 - 08h33
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Foto: ANSA / Ansa

Autoridades venezuelanas prenderam o tio do líder da oposição Juan Guaidó depois que os dois chegaram ao aeroporto principal de Caracas, disse o vice-presidente do Partido Socialista, Diosdado Cabello, na quarta-feira, 12.

Juan Jose Marquez, que estava com Guaidó em seu retorno à Venezuela na terça-feira, 11, após uma viagem internacional de três semanas, passou "pela migração normalmente e, quando estava prestes a sair... foi preso por uma suposta revisão do Seniat", escreveu a equipe de imprensa de Guaidó no Twitter. Seniat é a agência tributária nacional da Venezuela.

"Ele está detido, não desapareceu à força, está detido por trazer substâncias proibidas para um voo", disse Cabello em seu programa semanal de televisão na noite de quarta-feira.

Ele então mostrou fotos de um colete à prova de balas e suposto material explosivo que ele disse pertencer a Marquez, e disse que Marquez também havia trazido um arquivo eletrônico contendo informações sobre "operações contra a Venezuela".

A esposa de Marquez, Romina Botaro, disse que seu marido era um piloto de avião que não tinha nada a ver com política.

A parlamentar da oposição Delsa Solorzano disse que a audiência de Marquez começou na noite de quarta-feira em um tribunal perto do aeroporto de Caracas, e que ele está sendo representado por advogados particulares. Cabello disse que Marquez não seria libertado. Ele também mostrou uma foto do cartão de identidade venezuelano de Guaidó recortado, dizendo que havia sido confiscado no aeroporto.

O presidente Nicolás Maduro "é um covarde... que não mostra seu rosto, que não se atreve a entrar em uma praça pública sem segurança ... ele monta um ataque contra minha família", disse Guaidó a repórteres na manhã de quarta-feira antes de uma sessão na Assembléia Nacional. O Ministério da Comunicação não respondeu ao comentário.

No aeroporto, Guaidó foi recebido por apoiadores dele e manifestantes pró-governo que o pressionaram, gritaram insultos e atacaram jornalistas, fotógrafos e legisladores da oposição, segundo testemunhas da Reuters.

O colapso econômico da Venezuela já levou quase 5 milhões de pessoas a emigrar, criando uma crise migratória nas nações latino-americanas vizinhas. Maduro chama Guaidó de fantoche apoiado pelos EUA. /Reuters

Estadão
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