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América Latina

Secretário do Conselho de Defesa da Venezuela renuncia ao cargo

12 jun 2017 - 21h32
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O major-general Alexis López Ramírez renunciou ao cargo de secretario do Conselho de Defesa da Nação, o máximo órgão consultivo do governo da Venezuela, confirmou nesta segunda-feira à Agência Efe uma fonte do Executivo, por discordar do processo de Constituinte convocado pelo presidente Nicolás Maduro.

O militar acumulava o cargo com o posto de secretário do Conselho de Estado da Venezuela desde 7 de julho de 2014 por decisão de Maduro, e antes tinha sido comandante-geral do Exército.

O jornalista e ex-embaixador venezuelano Vladimir Villegas afirmou no Twitter que López Ramírez renunciou por discordar da decisão de Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte.

A fonte do governo da Venezuela consultada pela Efe confirmou que o major-general pediu a renúncia, mas não especificou os motivos.

López Ramírez também foi chefe da Casa Militar - a guarda presidencial - do ex-presidente Hugo Chávez. O major-general participou, ao lado de Chávez, da fracassada tentativa de golpe de Estado em 1992 contra o então presidente Carlos Andrés Pérez.

O artigo 323 da Constituição da Venezuela diz que o Conselho de Defesa da Nação é "o máximo órgão de consultoria para o planejamento e assessoria do Poder Público nos assuntos relacionados com a defesa integral da nação, a sua soberania e a integridade de seu espaço geográfico".

A Assembleia Nacional Constituinte, convocada por Maduro no último dia 1º de maio, tem como objetivo redigir uma nova Carta Magna para substituir a atual.

Vários chavistas distanciados do governo de Maduro são críticos da convocação da Constituinte. Uma das principais vozes opostas à medida é a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, que defende que a população deve ser consultada sobre a mudança do ordenamento jurídico do país.

A eleição dos mais de 500 representantes da Assembleia Constituinte será realizada no próximo dia 30 de julho. O texto que eles aprovarem deverá ser submetido a um referendo para sua aprovação antes de ser considerado como a nova Constituição.

Desde o último dia 1º de abril, a Venezuela vive uma onda de protestos contrários e favoráveis ao governo. Alguns deles terminaram em violência e repressão policial. O número de mortos já chega a 67, com mais de mil feridos.

EFE   
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