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América Latina

Rafael Correa toma posse para novo mandato no Equador

24 mai 2013 - 13h31
(atualizado às 21h46)
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Correa acena durante cerimônia de posse para o seu segundo mandato, em Quito
Correa acena durante cerimônia de posse para o seu segundo mandato, em Quito
Foto: AFP

O presidente do Equador, Rafael Correa tomou posse de seu novo mandato nesta sexta-feira, após conseguir a reeleição no pleito de fevereiro para um período que terminará em 2017. Correa assumiu o cargo perante a presidente da Assembleia Nacional, sua correligionária Gabriela Rivadeneira, quem lhe colocou a faixa presidencial.

Correa, no poder desde 2007, obteve 57,17% dos votos válidos nas eleições de fevereiro passado nas quais o movimento governista, Alianza País, ficou com cem das 137 cadeiras da Assembleia Nacional.

Em seu discurso de posse, Rafael Correa exaltou a "integridade" da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de seu marido, o ex-presidente Néstor Kichner, e o ex-líder venezuelano Hugo Chávez. "Não puderam nem poderão com nossa integridade. Não puderam com a de Néstor Kirchner, não puderam com a de Hugo Chávez, não poderão com a de Cristina Kirchner", afirmou Correa, que também defendeu a soberania argentina das Ilhas Malvinas.

Correa dedicou uma parte de seu discurso para falar do papel do Equador no respeito aos direitos humanos e aproveitou para criticar, sem mencionar expressamente os Estados Unidos, o uso de aviões não tripulados para matar "seletivamente e sem julgamentos prévios supostos terroristas". Correa também homenageou o ex-presidente equatoriano Jaime Roldós, falecido em um acidente de avião há 32 anos, e disse que ele "viveu e provavelmente morreu pelos direitos humanos".

O presidente equatoriano lembrou o recente falecimento do ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla e enviou uma "saudação fraterna" às Mães e Avós da Praça de Maio e aos parentes de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar no país sul-americano.

Rafael Correa toma posse no Equador:

O governante criticou que órgãos como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) tenham sua sede em Washington, em "um país que não é estado parte do Sistema Interamericano do Direitos Humanos e que não ratificou nenhum dos instrumentos" sobre este tema.

Correa classificou ainda como uma "irracionalidade" o fato de a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter sede "no país do bloqueio criminoso a Cuba". "Para que ter a OEA se não podemos ter uma postura definitiva regional sobre problemas tão cruciais como o das Ilhas Malvinas?", questionou, acrescentando que estas ilhas, tomadas "à força da Argentina no século XIX" e situadas a mais de 11 mil km de Londres "não são somente argentinas, mas latino-americanas".

EFE   
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